Forças de segurança destruíram portos clandestinos às margens do Lago de Itaipu, no Paraná. A ação tenta combater o tráfico e o contrabando na fronteira com o Paraguai.
Do helicóptero, os policiais monitoram um barco do crime. Embarcações como essa são usadas por bandidos para trazer armas, drogas, cigarros e mercadorias do Paraguai para o Brasil.
Imagens da Polícia Federal mostram o carregamento da carga. A estrutura das quadrilhas conta até com um caminhão-tanque para abastecer o motor dos barcos. Carregados, eles cruzam para o lado brasileiro. São quase 1.500 quilômetros de margens que desafiam o trabalho dos agentes.
De um dos trechos mais estreitos do lago, é possível ver a margem paraguaia. Até o lado brasileiro são menos de três quilômetros e essa proximidade facilita a ação dos criminosos.
“É uma extensão muito, muito longa aqui que a gente tem dessa área de fronteira com o Paraguai direto, e a margem, sendo menos de 3 km uma da outra em vários pontos na realidade, facilita muito as ações, porque em menos de cinco, dez minutos, já ocorre a travessia, a descarga e o transbordo para os veículos. Então, muita vezes o trabalho tem que ser de já estar in loco nos locais”, ressalta o tenente Vitor Voltolini, do Batalhão de Fronteira da Polícia Militar do Paraná.
Barcaças foram encontradas abarrotadas de cigarros. Em outra ação, os policiais apreenderam 125 pistolas, 21 espingardas e 10 fuzis escondidos em fundos falsos de dois caminhões que cruzaram a fronteira em uma balsa.
“As armas vêm em compartimento ocultos, muitas vezes são trazidas em malas que são facilmente dispensadas no rio quando existe essa possibilidade de abordagem policial, o que dificulta muito o desafio das forças de segurança que atuam aqui na região”, explica o delegado da PF Pedro Turin.
Esta semana, os agentes destruíram 12 acessos ilegais, na margem brasileira, para dificultar a ação das quadrilhas. Forças de segurança que atuam de forma integrada usaram bombas para explodir portos clandestinos.
“Quanto mais fundo o buraco e mais as bombas estiverem no fundo, maior cratera vai fazer para evitar de qualquer carro, até 4×4, consiga acessar para lá”, diz Luércio Turra, da Polícia Civil.