Durante operação deflagrada nesta terça-feira (25) em Porto Alegre e Gravataí, a Polícia Civil gaúcha cumpriu 11 mandados de prisão temporária, mais 11 ordens de busca e apreensão, cinco bloqueios de contas bancárias e três recolhimentos de veículos. O alvo foram integrantes de organização envolvida em crimes como tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
A ofensiva mobilizou 55 agentes e 27 viaturas, sob coordenação do delegado Guilherme Dill. Segundo ele, a investigação começou em agosto do ano passado, um casal foi preso com 18 quilos de crack na Zona Sul da Capital.
Com essa apreensão, foi constatada a prática de um esquema milionário de distribuição de entorpecentes, a partir de bases de operação nos bairros Jardim Lindoia e Rubem Berta (ambos na Zona Norte). Ao menos 13 pessoas mantinham rotina de compra e venda de drogas em grandes quantidades, bem como movimentação diária de valores de origem ilícia em contas bancárias.
O grupo é especializado na distribuição de crack e cocaína na Região Metropolitana e na lavagem de capitais mediante movimentação envolvendo terceiros. “Havia dissimulação e transferência contínua de valores entre as mesmas contas, de forma ‘circular’, para disfarçar a procedência do dinheiro”, detalhou Dill.
Entre maio e setembro de 2022, o grupo movimentou cerca de R$ 1,4 milhão entre traficantes e “laranjas”. Uma advogada também é investigada por auxiliar o grupo, por meio do registro – em seu nome – de veículos utilizados no transporte de drogas. Ela também orientava juridicamente o grupo para facilitar a lavagem de recursos.
Venâncio Aires
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) e a Polícia Civil em Venâncio Aires (Vale do Rio Pardo) desencadearam nesta terça-feira (25) uma operação contra organização criminosa envolvida em crimes como lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Foram cumpridos 16 ordens de busca, apreensão e prisão de seis dos nove investigados, que atuam por meio de um esquema familiar-empresarial.
De acordo com balanço final da ofensiva, foram indisponibilizados mais de 100 imóveis e veículos. A lista inclui, ainda, apreensão de joias e títulos de crédito, bem como bloqueios de 19 contas bancárias dos envolvidos.
Sob o comando dos promotores Fernando Buttini e Pedro Rui da Fontoura Porto, junto com os delegados Paulo César Schirrmann e Vinícius Lourenço de Assunção, a ofensiva é resultado de investigações de crimes cometidos desde 2006 e que resultaram em denúncia aceita integralmente pela Justiça.
(Marcello Campos)