Anna Júlia Santos Fraga, de 19 anos, foi intitulada como a primeira prenda do Rio Grande do Sul a cerca de duas semanas. A jovem representou o 35 CTG, o pioneiro do Estado e a primeira região tradicionalista, na segunda ciranda cultural de prendas da cidade de Rio Grande.
A prenda esteve presente no estúdio da Rádio Liberdade, da Rede Pampa de Comunicação, na manhã desta quarta-feira (31). Ela deu entrevista e posou ao lado do diretor e apresentador da Rádio Liberdade, Evandro Leboutte.
Em entrevista para o Jornal O Sul, Anna Júlia comentou como é para ela representar um Estado e levar a cultura do Rio Grande do Sul para outros lugares.
“É a concretização de uma trajetória. É magnífico representar a juventude do nosso Estado, do movimento tradicionalista gaúcho e ser voz dessas jovens, dessas prendas, desses peões. É um ano agora de muito trabalho já que o título em 2024, em sua fase estadual, vem para Porto Alegre. Então teremos este ano um longo trajeto até este evento e o meu plano como primeira prenda é estar próxima desta juventude e sempre que possível estar dentro dos galpões dos CTGs do nosso Estado”, disse Anna.
A prenda comentou que a tradição não estava presente em sua família. A jovem recebeu um convite através de um amigo e demostrou interesse pela cultura gaúcha.
“Eu não venho de uma família tradicionalista. Eu sou a primeira pessoa da minha família a adentrar no movimento e em uma entidade. Eu tive essa entrada por um convite de um amigo do meu pai para a invernada mirim. Daí eu iniciei pelas danças”, disse a primeira Prenda.
Anna ainda destacou que os jovens de hoje são influenciados pelas culturas de outros Estados e outros países. Segundo ela, as pessoas não conhecem a cultura do próprio Estado em que vivem.
“É muito grande devido a internet e os meios de comunicação em massa te proporcionam esse conhecimento e talvez tu se identifique mais. Mas muitas vezes os jovens não conhecem de fato a cultura do lugar que eles vivem. Nós enquanto prendas de entidade, de região, nós desenvolvemos atividades em escolas, em instituições de ensino que é onde os jovens estão para que afim daquelas atividades, daquelas visitas que nós fazemos os jovens tenham interesse”, completou.