As vendas de automóveis e comerciais leves – medidas pelos números de emplacamentos – cresceram 9,65% em maio na comparação com abril, para 166.361 unidades. Na comparação com maio do ano passado, porém, houve queda de 4,9% e alta de 10% nos cinco primeiros meses de 2023 ante o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Considerando as vendas totais do setor – que englobam, além de automóveis e comerciais leves, também ônibus, caminhões, motocicletas e implementos rodoviários – o setor registrou crescimento de 20,35% nos emplacamentos em maio frente a abril e de 5,6% entre maio de 2022 e 2023. No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano as vendas estão 14,8% maiores que no mesmo período do ano passado.
Em maio, foram emplacados 357.270 veículos automotores. Segundo a Fenabrave, em nota, o setor tem se apoiado nos bons números de comercialização de motocicletas, que vem apresentando crescimento real.
As vendas de motos somaram 161.433 unidades em maio, crescimento de 33,5% frente a abril e de 21,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nos cinco primeiros meses de 2023, a comercialização de motos registra alta de 23,9%.
Em nota à imprensa, a Fenabrave destaca também que as médias diárias das vendas apenas de automóveis e comerciais leves em maio caíram 10,3% na comparação com abril, o que torna o mês passado o pior desde 2016.
Segundo a associação, porém, o mercado ainda não sofre os reflexos da espera do consumidor pelos incentivos prometidos pelo governo federal para acelerar as vendas de automóveis comerciais leves. A retração, de acordo com a entidade, pode ser atribuída à restrição de crédito e à queda no poder de compra do consumidor.
“Ainda não houve tempo para sentirmos o efeito dos cancelamentos de compras de consumidores, que estão à espera da redução de impostos sobre o preço dos carros, pois o anúncio foi feito no dia 25 de maio, portanto, a poucos dias do encerramento do mês. Como há um certo intervalo entre a data da compra do carro e seu registro, devemos sentir uma maior retração nos emplacamentos apenas nos primeiros dias de junho”, afirma Andreta Jr., presidente da Fenabrave, em nota.