Um encontro on-line promovido pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) reuniu representantes do setor agropecuário, prefeituras, secretarias estaduais e Ministério da Agricultura para discutir a situação da gripe aviária. No foco da iniciativa, o alinhamento de ações de combate à doença, que nesta semana teve sua primeira confirmação em território gaúcho.
O caso foi detectado na segunda-feira (29), envolvendo foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em 63 cisnes-de-pescoço-preto (alguns já mortos) na Estação Ecológica do Taim, em Santa Vitória do Palmar (Região Sul do Estado). Uma suspeita de contágio humano foi descartada.
Durante a reunião, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) apresentou um balanço das ações desenvolvidas ao longo dos últimos dias. A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Collares, elogiou a rápida mobilização dos prefeitos da região:
“Quando se detecta o primeiro caso, nosso ponto de atenção muda e a questão passa a ser de todos, não só da cadeia produtiva ou das autoridades, afinal o setor avícola é fundamental para a economia”.
A vigilância tem abrangido um raio de 10 quilômetros, a cargo de cinco equipes da pasta estadual e com visita a 114 propriedades do entorno do foco de casos. Até o momento, nenhum contágio foi constatado em aves de subsistência (galinhas, por exemplo).
Fiscal agropecuária do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Ananda Kowalski apontou que as equipes estão recorrendo a drones em áreas de difícil acesso, na busca por animais com sinais clínicos da doença. Também realizam visitas de educação sanitária em escolas e postos de saúde: “Nossas ações são definidas diariamente, buscando a melhor estratégia de controle”.
O presidente da Famurs, Paulo Ricardo Salerno, destacou que os gestores municipais precisam estar cientes do cenário e se manterem atualizados sobre a doença: “Questões de biossegurança são importantes para evitar contaminações em produções comerciais, o que causaria impacto à economia dos municípios e do Estado”.
Como proceder
Caso sejam avistadas aves mortas ou com aspecto fora do padrão, as autoridades ressaltam que o animal não deve ser tocado e nem recolhido, pois a gripe aviária é transmitida a humanos pelo contato direto. A atitude adequada é avisar imediatamente o Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal. O contato via whatsapp é (51) 98445-2033. Também é possível enviar comunicado pelo e-mail [email protected].
(Marcello Campos)