Governadores das regiões Sul e Sudeste, reunidos em Belo Horizonte para reunião do Cosud, negaram que haja “viés ideológico” entre os integrantes do grupo. O Consórcio de Integração Sul e Sudeste reúne os chefes de Executivo estadual de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A maioria dos governadores apoiaram a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em outubro do ano passado – casos de Romeu Zema, de Minas Gerais; Jorginho Mello, de Santa Catarina; Ratinho Júnior, do Paraná; Cláudio Castro, do Rio de Janeiro; e Tarcísio Gomes de Freitas, de São Paulo. No Rio Grande do Sul, Eduardo Leite apoiou Bolsonaro nas eleições de 2018, mas não se posicionou no pleito do ano passado. Renato Casagrande, do Espirito Santo, foi o único a declarar voto em Lula nas eleições de 2022.
Mesmo com essas “coincidências”, questionados sobre a afinidade ideológica entre eles, os governadores negaram que o Cosud seja um contraponto à direita do Consórcio Nordeste – que reúne governadores da região filiados, em sua maioria, a partidos de esquerda e centro.
Todos os governadores presentes defenderam que o Cosud tem um caráter técnico que o blinda de interferências ideológicas. Eduardo Leite rechaçou a hipótese e questionou a forma como os conceitos de direita e esquerda são atribuídos no Brasil e ressaltou a afinidade entre os estados.