11/06/2023 às 23h20min - Atualizada em 12/06/2023 às 06h03min

Ministério da Fazenda já vê crescimento do PIB do Brasil acima de 2,4% este ano

Ministério da Fazenda já vê crescimento do PIB do Brasil acima de 2,4% este ano - Jornal O Sul

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Impulsionado pelo desempenho acima do esperado da economia brasileira no primeiro trimestre deste ano e pelas medidas adotadas para estimular o crédito e reduzir a inadimplência das famílias, o governo deve revisar para acima de 2,4% a sua projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023.

A próxima revisão da estimativa oficial deverá ser feita em meados de julho, pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Na última revisão, no mês passado, a secretaria revisou a projeção para 1,9%, ante 1,6% estimado em março.

Técnicos da Fazenda entendem que somente o carrego estatístico é capaz de gerar crescimento de 2,4% para a economia neste ano. Ou seja, esse será o desempenho do PIB em 2023 se o avanço no restante do ano for igual a zero.

Contam a favor da revisão para cima do PIB o desempenho do setor agropecuário, o aumento do salário mínimo (de R$ 1.302 para R$ 1.320 a partir de maio), a desaceleração da inflação e as medidas para estimular o crédito e reduzir a inadimplência das famílias, como o programa Desenrola.

Desenrola

A economia cresceu mais que o esperado no primeiro trimestre, com alta de 1,9%, impulsionada pelo setor agropecuário. Com o resultado, economistas estimam agora expansão de 1,68% para o PIB de 2023, segundo a mediana do relatório Focus, do Banco Central – uma semana antes, a expectativa era de crescimento de 1,26%. O mais otimista dos analistas consultados espera avanço de 3%.

As medidas de crédito e redução do endividamento, contudo, devem ter impacto somente a partir do último trimestre deste ano, já que o Desenrola começará a ser implementado de fato a partir de julho e parte das medidas do pacote de crédito anunciado pelo governo em abril depende de aprovação legislativa.

Anunciado no início desse mês, o Desenrola deverá devolver cerca de 1,5 milhão de pessoas ao mercado de crédito. São aquelas que se encontram “negativadas” por causa de dívidas de até R$ 100. Essas pessoas poderão renegociar suas dívidas e voltar a tomar crédito de imediato.

A alta inadimplência das famílias é vista na área econômica como um dos principais empecilhos para a retomada de níveis de atividade mais vigorosos.

O outro grande problema é a falta de crédito para as empresas, seja pela via bancária, seja por meio do mercado de capitais. Na avaliação dos técnicos, esse é um dos motivos pelos quais o nível de investimento recuou 3,4% no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses do ano passado. Neste caso, a expectativa do governo é que as medidas de facilitação ao crédito já anunciadas e a redução das taxas de juros contribuam para reverter esse quadro.

Comércio e serviços

Técnicos da Fazenda também ressalvam que os números dos setores de comércio e serviço ainda não estão “bons”, mas avaliam ser possível uma recuperação até o fim do ano.

Pelo lado da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a SPE deve revisar a sua projeção para baixo, segundo apurou o Valor. Em maio, a secretaria estimou que o índice encerraria o ano em 5,58%, percentual acima da projeção feita em março, que era de 5,31%.

A revisão para baixo deve acontecer mesmo com a reoneração do diesel a partir de setembro, porque, na avaliação de técnicos da Fazenda, o impacto deve ser absorvido pela queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional.

Apesar de não ter mais a política de Preços de Paridade de Importação (PPI), a Petrobras continua usando o Brent como uma de suas referências para definir o preço dos combustíveis no mercado interno.

As novas projeções da SPE para PIB e inflação servirão de base para projetar o desempenho de receitas e despesas do governo federal. As novas estimativas devem ser apresentadas até 22 de julho.



Fonte: https://www.osul.com.br/ministerio-da-fazenda-ja-ve-crescimento-do-pib-do-brasil-acima-de-24-este-ano/

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