O Rio Grande do Sul enfrentou falta de chuvas durante outubro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, o que impactou muito a produtividade da safra de soja 2021/22 que já foi 45% colhida até o momento.
Por outro lado, somente em março o estado acumulou 200 mm de precipitações, mais do que os cinco meses anteriores, e isso dificulta o avanço da colheita e tira qualidade dos grãos, aumentando o índice de descontos na entrega.
Segundo o engenheiro agrônomo e consultor da Aprosoja RS, José Domingos Teixeira, a amplitude de produtividades está muito alta, com pelo menos 2 milhões de hectares produzindo apenas 8 sacas por hectare e alguns pivôs de irrigação indo até à 70 sc/ha.
Diante deste cenário negativo da soja, a única ficha no bolso do produtor gaúcho passa a ser a safra de inverno, que deverá ter aumento de área cultivada para o trigo e para a canola, mesmo com custos de produção muito elevados. Teixeira destaca que para o trigo, por exemplo, o custo em 2022 será de 56 sacas por hectare.