Condenada em novembro de 2022 a uma pena de 50 anos e 28 dias de prisão pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo de souza, a ex-deputada federal Flordelis quer se casar com o noivo Allan Soares. Ele tem 28 anos e é produtor artístico do segmento gospel. A ex-parlamentar solicitou à direção do Presídio Talavera Bruce, onde está presa, a celebração de um casamento religioso.
Flordelis informou à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) que não deseja iniciar a visita íntima sem ter se casado. A pastora comunicou ainda que, a pedido da direção do presídio, registrou a união estável para comprovar o relacionamento e pedir a visita íntima.
Evangélico, Allan conheceu a namorada na época em que trabalhava como produtor musical. O casal assumiu o namoro pouco antes da prisão da pastora, em 2021. Ele acompanhou todo o julgamento. Atualmente, consta como visitante ativo, frequentando o pátio do Talavera Bruce, onde as internas recebem familiares e amigos. Allan não falta às visitas. Na Justiça itinerante no presídio, em 24 abril, Flordelis solicitou a retirada de seus documentos do sobrenome Souza, que pertencia à vítima, o pastor Anderson.
O romance de Flordelis com o produtor foi revelado em fevereiro de 2021. Os dois apareceram juntos pela primeira vez no aniversário de 60 anos dela, posando para uma foto, abraçados. O relacionamento chegou a ser negado por eles na época, e só foi assumido publicamente algumas semanas depois.
Allan Soares e Flordelis se conhecem pessoalmente há pelo menos quatro anos. Em agosto de 2018, Allan postou uma foto do encontro com a pastora e Anderson, durante uma visita do então casal a Macaé, sua cidade natal.
Em novembro de 2022, a ex-deputada foi condenada pela Justiça pela morte de Anderson do Carmo de Souza, ocorrida em 2019. O julgamento, um dos mais longos da história fluminense, durou sete dias.
Na sentença, a magistrada que julgou a ex-parlamentar frisou que Flordelis planejou a execução brutal e fria da vítima com diversos disparos. Em trecho do despacho da condenação, a juíza escreveu ainda que o crime foi “uma vingança vil e abjeta” em razão de a vítima manter rigoroso controle das finanças do grupo familiar e de administrar os conflitos da casa de forma rígida, não permitindo que houvesse tratamento privilegiado das pessoas mais próximas à acusada, em detrimento dos outros membros da numerosa família. O noivo de Flordelis estava assistindo ao julgamento e chorou ao ouvir a sentença.