O dólar à vista voltou a cair ante o real nessa quarta-feira (14) pela quarta sessão consecutiva, com as cotações reagindo à expectativa de novos cortes de juros na China e a uma leitura dovish da decisão de política monetária do Federal Reserve, que não alterou sua taxa básica. O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,8108 na venda, com baixa de 1,06%. Na B3, às 17:10 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,11%, a 4,8270 reais.
Já o Ibovespa fechou em alta nessa quarta, flertando com os 119 mil pontos no melhor momento, após o Federal Reserve confirmar expectativas no mercado e manter os juros dos Estados Unidos na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, embora tenha deixado a porta aberta para aumento adicional até o final do ano.
Na última meia-hora de pregão, a melhora na perspectiva da nota de classificação de risco do Brasil para “positiva” pela Standard & Poor’s fez o Ibovespa acelerar a alta e renovar máxima da sessão. Embora tenha reduzido o ímpeto na sequência, ainda alcançou uma máxima de fechamento desde outubro de 2022.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,54%, a 118.544,15 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima, chegou a 119.084,5 pontos.
O volume financeiro somava R$ 33,9 bilhões, em sessão marcada ainda pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro.
Volume negociado
A B3 teve, na sessão de hoje, o maior volume financeiro negociado no segmento de ações em 2023, movimentando R$ 71,88 bilhões (R$ 30,25 bilhões no Ibovespa). Trata-se do maior volume desde 14 de dezembro, quando o valor chegou a R$ 81,35 bilhões. Em dia de vencimento de opções sobre o Ibovespa, a bolsa contou com movimentações adicionais por conta de duas decisões: de política monetária do Federal Reserve (Fed, o BC americano), que manteve o juro básico em patamar inalterado; e da S&P Global Ratings de alterar a perspectiva do rating “BB-” do Brasil de estável para positiva.
Perspectiva de crédito
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou pela agência de classificação de risco S&P Global Ratings, sobre a perspectiva do rating “BB” do Brasil de estável para positiva. “É um passo importante, depois de quatro anos, ter uma sinalização dessas”, afirmou Haddad. Ele disse que a revisão é fruto das medidas adotadas pelo governo em conjunto ao Congresso e o Poder Judiciário. “É importante que uma agência externa consiga observar esse trabalho”, comentou. É o primeiro desdobramento positivo que a agência adota para a nota soberana brasileira desde 2019. A melhora, segundo a agência, é fruto dos sinais de maior certeza sobre a estabilidade da política fiscal e monetária.