Na última sexta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou uma decisão inesperada ao perceber um comentário equivocado de Jorge Pontual, comentarista da GloboNews.
O profissional, que estava ao vivo durante o programa Em Pauta, sugeriu que um programa habitacional popular de Campinas (SP) teria relação ao governo atual. Durante a atração no canal de notícias, os jornalistas discutiam a construção de casas populares de tamanho reduzido.
Esses imóveis do projeto contam com apenas 15 metros quadrados cada, para abrigar os moradores da Ocupação Nelson Mandela, na cidade do interior de São Paulo. O projeto é de responsabilidade do prefeito da cidade, Dário Jorge Giolo Saadi, e não tem qualquer relação com o atual presidente da República.
Ao criticar o tamanho das casas, Jorge Pontual insinuou que o projeto fazia parte do programa Minha Casa Minha Vida, liderado pelo governo federal. “Eu tenho um nome para esse infeliz projeto. Minha casa não é vida”, disparou o repórter.
Esclarecimento
Um pouco depois do começo da conversa, a jornalista Eliane Cantanhêde pediu a palavra para informar que recebeu um recado do político, que estava assistindo a programação. Sua assessoria de imprensa esclareceu alguns detalhes sobre o assunto.
“Nós temos um telespectador ilustre hoje. O presidente Lula está assistindo o Em Pauta (…), e o presidente pediu para a assessoria dele fazer um pedido para a gente. Não é uma correção, uma ratificação (sic). Mas ele faz questão de enfatizar que esse programa dessa casinha é um programa de Cam-pi-nas, não tem nada a ver com a União, não tem nada a ver com o Governo Federal e muito menos com o ‘Minha Casa MInha Vida'”, disse Eliane Cantanhêde.
MCMV
O projeto de lei de conversão da Medida Provisória 1.162/2023, que recria o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida foi aprovado na última semana pelo Senado federal. O texto vai à sanção presidencial. A aprovação ocorre na véspera de a MP perder a validade, o que ocorreria na quarta-feira (14).
O programa vai atender famílias com renda mensal de até R$ 8 mil, em áreas urbanas, e de até R$ 96 mil no ano, na zona rural.
O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 7 de junho, porém com alterações. Uma delas é a permissão do uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para projetos de iluminação pública, saneamento básico, vias públicas e drenagem de águas pluviais.
O Minha Casa, Minha Vida foi criado em 2009. Em 2020, foi extinto pelo governo de Jair Bolsonaro e substituído pelo Casa Verde e Amarela.