O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesse sábado (17) que pediu um levantamento ao Ministério da Gestão sobre todos os prédios públicos abandonados. Segundo ele, o objetivo é reformá-los para servir de moradia à população carente.
As declarações foram dadas em Belém (PA), onde ele anunciou oficialmente a realização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) – prevista para 2025.
“Porque não tem outro jeito. Está cheio de prédio abandonado, criando rato, barata. Vamos reformar e colocar o povo para morar. Lá já tem asfalto, já tem agua, já tem escola, transporte. Para que levar o povo para longe? Vamos fazer as casas aqui mesmo”, declarou Lula.
Mais cedo, na cidade de Abaetetuba (PA), Lula voltou a dizer que pretende ampliar o programa Minha Casa, Minha Vida para pessoas de classe média.
A versão atual do programa é voltada a facilitar o financiamento de moradias a famílias residentes em áreas urbanas, com renda mensal bruta de até R$ 8 mil, e famílias de áreas rurais com renda bruta anual de até R$ 96 mil.
Em seu discurso em Belém, o presidente afirmou que todo conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida vai ter que ter uma biblioteca “para que nossas crianças aprendam a ler”.
Inflação
O presidente citou, também, o preço da gasolina. Ele declarou que o preço já caiu, e acrescentou que podem haver novas reduções no futuro.
“Estão lembrados que eu dizia que eu vou abrasileirar o preço da gasolina. Gasolina já baixou e pode baixar mais, óleo diesel já baixou e pode baixar mais, óleo de soja já baixou e pode baixar mais, a carne já baixou e pode baixar mais, o frango já baixou e pode baixar mais”, disse.
Segundo ele, a inflação é a “desgraça do povo pobre”. “Mas ela também enrica o povo mais rico”, acrescentou.
Lula avaliou que, quando o dinheiro circula na mão de pouca gente, significa miséria, pobreza, fome, empobrecimento do país.
“Mas quando o dinheiro começa a circular no bolso do povo, ele vai comprar comida, vai comprar uma roupinha, um sapato, um chinelo, vai comprar um caderno, uma televisão, geladeira, até comprar um carrinho ele vai poder comprar outra vez. E aí quando o povo pobre tem o dinheiro circulando, significa que a gente está transformando o Brasil em um país de classe média, onde todas as pessoas podem viver dignamente”, concluiu.