De janeiro a maio, as exportações do Rio Grande do Sul totalizaram US$ 8,5 bilhões, uma alta de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado e o maior valor para o período da série histórica, iniciada em 1997.
A soma representa 6,2% do total vendido pelo Brasil ao exterior, número que coloca o Estado na sexta posição entre os maiores exportadores do País, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná. O agronegócio se destaca na cartela de produtos mais comercializados, com oito dos dez mais exportados.
No topo da lista, os cereais foram os produtos mais vendidos no período, com embarques de US$ 916,24 milhões, uma queda de 5,5% em relação ao mesmo período de 2022, o que representa 10,8% do total. O fumo não manufaturado (US$ 790,94 milhões, + 16,7% em relação ao mesmo período de 2022), o farelo de soja (US$ 712,10 milhões, + 14,1%), a soja em grão (US$ 695,11 milhões, + 42,5%) e a carne de frango (US$ 575,20 milhões,- 2%) completam a lista dos cinco produtos mais comercializados.
Os números das exportações do Estado foram divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão.
Mesmo após um período de estiagem, em termos percentuais, os produtos do complexo soja estão entre os maiores avanços nas vendas nos cinco primeiros meses do ano. Ainda que o Estado tenha sido afetado novamente pela falta de chuvas em 2023, a previsão é de aumento significativo na produção e na disponibilidade dos produtos para exportação.
Entre os produtos não diretamente ligados ao agronegócio, os destaques entre janeiro e maio são os calçados (US$ 264,22 milhões, – 5,7%) e acessórios de veículos automotivos (US$ 252,07 milhões, + 36,0%).
Destinos das vendas
Os produtos do Rio Grande do Sul chegaram a 182 países entre janeiro e maio, com destaque para a China (15,5% do total), seguida pela União Europeia (13,4%), pelos Estados Unidos (10,2%), pela Argentina (6,0%) e pela Indonésia (3,8%). Em valores absolutos, o gigante asiático foi o destino que mais avançou em compras (+ US$ 160,80 milhões), puxado pelas vendas de soja em grão, carne suína, fumo não manufaturado e carne de frango.
Com vendas totais de US$ 146,87 milhões, Bangladesh registrou a maior alta percentual (478,9%) no comércio com o Estado, com destaque para o óleo de soja, o trigo e a soja em grão.
Entre as maiores baixas, a União Europeia teve queda de US$ 213,62 milhões no comércio com o Rio Grande do Sul, uma redução de 15,8% puxada pelas vendas menores de farelo de soja, fumo não manufaturado, polietileno e celulose. Marrocos, com redução de 80,6% por conta do comércio de trigo, e Chile (- 25,2%), que comprou menos produtos da indústria automotiva, foram outras baixas significativas no ranking no período.