O Rio Grande do Sul teve em março o menor número de latrocínios já registrado para o período em 11 anos. Em todo o Estado, foram cinco casos, o segundo menor total da série histórica, superado apenas pelos anos de 2009 a 2011, quando houve quatro roubos com morte no mês.
O total atual também representa uma redução de 54,5% em relação às 11 ocorrências de março de 2021 – na comparação com o pico, de 22 latrocínios em 2013, a queda chega a 77,3%. Esses e outros dados estão nos indicadores de criminalidade, divulgados nesta quinta-feira (14) pela SSP (Secretaria da Segurança Pública)
A diminuição em março contribuiu para aprofundar a retração recorde também no acumulado do primeiro trimestre. Desde janeiro, o Estado soma 14 latrocínios, o menor total para o período em 20 anos – a contabilização desse tipo de crime teve início em 2002. O dado representa ainda uma redução de 22,2% na comparação com os 18 casos registrados em igual intervalo do ano passado.
A retração verificada no Estado foi puxada pelo resultado em Porto Alegre, o que evidencia o impacto do foco territorial adotado pelo RS Seguro para intensificar o combate à criminalidade onde ela mais se faz presente.
A Capital, que integra o grupo de 23 municípios priorizados pelo programa, teve apenas um roubo com morte em março, uma diminuição de 75% em relação às quatro ocorrências do mês em 2021. Foi o primeiro registro de latrocínio na cidade em 2022, o que faz também com que o acumulado no trimestre seja o menor da série histórica, numa redução de 80% na comparação o mesmo período do ano passado, quando houve cinco casos.
O latrocínio é um crime cuja ocorrência depende de uma série de fatores circunstanciais – possível reação da vítima, ação surpreendida por testemunhas, consciência do assaltante alterada por uso de entorpecentes e até mesmo eventual nervosismo do criminoso, entre outros.
Na avaliação de autoridades das forças de segurança, a tendência de redução verificada ao longo dos últimos três anos passa pela investigação qualificada da Polícia Civil, que resulta em mais de 90% de índice de resolução desse tipo de delito, e pela intensificação do patrulhamento ostensivo da Brigada Militar. Também contribui decisivamente para a redução dos latrocínios a queda constante e generalizada dos crimes patrimoniais em todo o Estado, geradores dos roubos que acabam em mortes.