A equipe da Divisão de Monitoramento Ambiental da Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) divulgou o Relatório Anual de Monitoramento da Qualidade do Ar do Rio Grande do Sul relativo a 2021.
O documento apresenta dados obtidos nas estações de monitoramento da rede automática Ar do Sul, localizadas nos municípios de Canoas, Esteio, Gravataí, Guaíba e Triunfo. Conforme o documento, não houve registros de qualidade do ar “má” ou “pior” no ano passado.
O Índice de Qualidade do Ar (IQAr) é a ferramenta utilizada para transformar as concentrações de poluentes medidas em um único valor e leva em conta os critérios dos padrões nacionais estabelecidos pela Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente 491/2018.
A análise considera a emissão de material particulado (MP10) e dos gases poluentes Ozônio (O3), Dióxido de Nitrogênio (NO2), Monóxido de Carbono (CO) e Dióxido de Enxofre (SO2). Assim, o índice só foi considerado inadequado em 0,06% dos dias, enquanto durante 91,55% dos dias a qualidade do ar foi boa e em 8,40%, regular.
O registro de qualidade inadequada indicou o poluente SO2 e, segundo o relatório, pode ter sido decorrente de uma emissão elevada e pontual por fonte local, aliada à instabilidade atmosférica e turbilhonamento mecânico junto aos níveis mais inferiores da atmosfera, que proporcionaram a mistura das emissões de SO2 no ar enquanto era disperso em direção à estação de monitoramento.
As análises são feitas comparando os dados aos dos anos anteriores e à legislação vigente, avaliando a poluição industrial, crescimento da frota de veículos, condições meteorológicas, densidade demográfica e emissões locais, entre outros fatores.
Em caso de padrões acima do recomendado, uma avaliação mais detalhada do evento é feita para buscar a causa. Em termos de concentrações médias anuais, observou-se que, em 2021, não houve alteração significativa desses poluentes no meio ambiente em relação aos últimos quatro anos.