O Museu de Arte do Rio Grande do Sul — MARGS apresenta neste sábado (12) a exposição “Hélio Fervenza — Conjunto vazio”. A mostra, que tem patrocínio do Banrisul, apresenta um panorama dos 40 anos de produção do artista, pesquisador e professor, que completa 60 anos em 2023. Assim, são reunidos trabalhos que abrangem desde o início dos anos 1990 até o presente, incluindo inéditos.
A abertura ocorre às 10h30, em evento aberto ao público. A mostra segue em exibição até 15 de novembro, ocupando o foyer no 1º andar expositivo e 2 salas no 2º andar expositivo do Museu. A visitação é de terça a domingo, das 10h às 19h, com entrada gratuita.
A curadoria é de Francisco Dalcol, diretor-curador do MARGS, e Cristina Barros, curadora-assistente do Museu, com produção de José Eckert, Núcleo de Curadoria do MARGS, e colaboração de Rafael Muniz no design gráfico de exposição e produção.
Linguagem
Em sua prática artística, Hélio Fervenza utiliza diferentes meios. Começou trabalhando com desenho e gravura e depois com procedimentos conceituais envolvendo instalações compostas por objetos, fotografias e composições gráficas.
Uma característica central da pesquisa do artista são as relações entre visualidade e linguagem, explorando conceitualmente questões como visibilidade e invisibilidade, cheio e vazio, dentro e fora, o manifesto e o oculto, em torno de noções relacionadas à apresentação artística e à circunstância expositiva em si.
“Conjunto vazio”, que é uma instalação do artista, dá nome à exposição por abranger diversos aspectos que perpassam toda a sua pesquisa e produção.
Juntamente à produção artística, Hélio Fervenza tem a sua trajetória também marcada pela atuação universitária como docente da UFRGS.
Sobre o artista
Nascido em Santana do Livramento (RS) em 1963, iniciou-se profissionalmente como artista em Porto Alegre no começo dos anos 1980. No final da década, mudou-se para a França, onde estudou artes plásticas realizando graduação, mestrado e doutorado. Com o retorno, passou a atuar, a partir de 1994, como pesquisador e professor de gravura e poéticas visuais do Instituto de Artes da UFRGS, paralelamente à produção artística.
Hélio Fervenza expõe com regularidade desde os anos 1980 no Brasil e no exterior. Em 2012, por exemplo, foi destacado pela 30ª Bienal de São Paulo ao ganhar uma sala individual que apresentou uma retrospectiva de sua produção e, no ano seguinte, foi escolhido para a representação do Brasil na 55ª Bienal de Veneza.
Embora tenha realizado exposições individuais em Porto Alegre, ainda não havia tido uma mostra mais histórica e abrangente de sua trajetória como a que o MARGS agora apresenta, marcando também a primeira individual do artista no Museu.
Assim, “Hélio Fervenza — Conjunto vazio” integra o programa expositivo do Museu intitulado “Histórias ausentes”, voltado a projetos de resgate, memória e reconsideração histórica que procuram conferir visibilidade e legibilidade a manifestações e narrativas artísticas, destacando trajetórias, atuações e produções artísticas.
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul