Nesta quinta-feira (17), o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) oficializou o repasse de R$ 1 milhão para obras em imóveis tombados e de reconhecida importância histórica em Pelotas (Região Sul do Estado). Dentre os espaços contemplados está o Theatro Sete de Abril, um dos mais antigos em funcionamento no Brasil e que está em fase final de restauro.
O local receberá R$ 250 mil para reconstituição de sua rede elétrica, mesmo serviço que será realizado na Igreja do Porto (R$ 500 mil). A lista se completa com a pintura do prédio do Paço Municipal (R$ 250 mil) e reforma do forro da Sala Frederico Trebi (R$ 250 mil).
As verbas são provenientes de acordos de não persecução penal firmados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RS. “O montante é resultado do trabalho de combate ao crime organizado e lavagem de dinheiro, revertido em favor da sociedade”, frisou o promotor de Justiça de Pelotas, José Alexandre Zachia Alan.
Por meio dos acordos firmados, a prefeitura de Pelotas e a Mitra Arquidiocesana Mitra Arquidiocesana Matriz do Sagrado Coração de Jesus se comprometem a finalizar as obras – inclusive complementando os valores, se necessário. Caso sobrem recursos, o valor terá como destino i Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico.
Evento
Os documentos foram assinados durante encontro alusivo ao Dia Nacional do Patrimônio Cultural, celebrado nessa quinta-feira, 17 de agosto, e que tem por inspiração o nascimento do mineiro Rodrigo Melo Franco de Andrade (1898-1969), considerado o grande precursor das políticas de proteção do patrimônio cultural no Brasil.
Realizado no auditório do Sicredi local, o evento foi incrementado por uma série de palestras sobre temas relacionados ao assunto. Durante as apresentações, destacou-se o fato de a cerimônia ter como local justamente a cidade de Pelotas que no dia em que se comemora , o MPRS resolveu realizar o evento justamente em Pelotas, uma das cidades com maior patrimônio cultural edificado do nosso Estado.
A prefeita Paula Mascarenhas manifestou-se: “A sociedade de Pelotas chegou nessa maturidade de compreender o potencial e se apropriar do valor imaterial do patrimônio histórico e aprendeu a preservá-lo”. Na mesma linha, o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Rafael Pavan dos Passos, exaltou a realização do evento em Pelotas e agradeceu a parceria com o Ministério Público.
(Marcello Campos)
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul