Tradicional espaço que atrai milhares de visitantes na Expointer, o setor de máquinas e implementos agrícolas está com a área ampliada para a 46ª edição do evento. O acréscimo de 0,18 hectare (eram 13,5 hectares no ano passado) permitiu a participação de mais 31 empresas, totalizando 170 expositores. O segmento lidera o faturamento da feira, com mais de 95% do volume de negócios.
Sobre as expectativas de vendas, o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), Claudio Bier, diz que será um desafio repetir o recorde de R$ 6,6 bilhões atingido em 2022. “É uma tarefa difícil, trabalhamos para superar esses números, mas se mantivermos estará muito bom”.
Para o setor de máquinas e implementos agrícolas, a Expointer representa um grande shopping a céu aberto, onde, em meio ao grande volume de opções, as indústrias oferecem as novas tecnologias agrícolas que levam mais inovação e mais sustentabilidade ao agronegócio – tema do Simers para este ano no evento. “A produtividade está cada vez mais relacionada com a conectividade. O que vemos no campo é que tanto o pequeno quanto o grande produtor rural querem se atualizar, e aproveitam a Expointer para conhecer os equipamentos de última geração e para a agricultura de precisão. É bom para comparar tecnologias, valores e condições de compra”, reforça Bier.
Tratores e colheitadeiras estão entre as mais procuradas
Embora o perfil dos produtores que visitam a Expointer seja bastante diversificado, com demandas por todo o tipo de maquinário agrícola, as máquinas mais procuradas são tratores, colheitadeiras, plantadeiras e pulverizadores.
A data em que se realiza a Expointer é estratégica para o setor de máquinas e implementos agrícolas, considerando a aproximação da safra de verão e, ainda, por ser o primeiro grande evento após o lançamento do Plano Safra 2023/24 do Governo Federal, no final de junho, com recursos que somam R$ 364,22 bilhões. Para incentivar o financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas, o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) oferece taxa de juros de 10,5%, sem limite de financiamento, enquanto para os demais produtores é de 12,5%.
Bier espera que esses fatores possam ajudar a alavancar negócios. “O atual cenário poderia estar melhor. O lado positivo são os recursos que podem ser acessados via Modefrota, mas os juros ainda estão muito altos mesmo com a recente baixa da taxa Celic. Esperamos que as coisas melhorem nos próximos meses e voltem ao mesmo patamar de 2022”.
Um dos copromotores da Expointer, o Simers realizou uma série de investimentos na infraestrutura e manutenção do Parque Assis Brasil. Entre eles, a reforma do pavilhão de bovinos de corte e ovinos, com melhorias na estrutura metálica, calhas, instalações hidráulicas, além de uma pintura geral. “É uma parceria com o governo do Estado RS que se reafirma a cada ano para garantir o bem estar de trabalhadores, expositores e visitantes de uma das maiores mostras do agronegócio do país”, completa Claudio Bier.
O Rio Grande do Sul concentra cerca de 65% das indústrias de máquinas agrícolas e implementos usados pelo homem do campo no Brasil. Esse segmento econômico gera, no estado, cerca de 35 mil empregos diretos e outros 150 mil indiretos.
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul