O Desfile dos Grandes Campeões da Expointer, que aconteceu nesta nesta sexta-feira (1º), é o ponto alto de um evento que promove o melhor da genética animal. É a passarela em que são saudados pelo público os exemplares que mais se destacaram no julgamento dos 3.480 animais de argola inscritos na edição de 2023.
A grande campeã da raça bovina Aberdeen Angus, São Bibiano Cab Tamarik 8218, chamava atenção do público com sua pelagem caramelo. Veterana, a vaca conquistou o bicampeonato este ano na Expointer. “É o segundo ano que ela ganha o prêmio de grande campeã da raça Angus, agora ela vai se aposentar das pistas”, conta o tratador Gustavo Benites, da Cabanha São Bibiano, de Uruguaiana.
O animal come três vezes por dia, toma banho, faz caminhadas, deita na sombra e fica solto na propriedade. “Só aqui que ela fica mais presa, daí ela descansa porque é muito pesada e grande, tem 840 quilos”, brinca Gustavo.
Perto dali, outra fêmea exibia suas rosetas, as primeiras de grande campeã que conquistou: a La Castellana Pimenta, grande campeã égua adulta e eleita melhor exemplar da raça Cavalo Crioulo nesta Expointer. O animal chegou a conquistar o campeonato de égua menor no ano passado, mas não amealhou o grande campeonato na ocasião. “Esse ano ela veio com tudo e levou o título”, celebra o tratador Josué de Lima, da Cabanha La Castellana, de Santiago.
A rotina da campeã envolve hidroterapia e exercícios na guia. “Ela também tem que ter uma alimentação balanceada para não engordar muito”, pondera Josué. Até os animais da Expointer têm seus dias de miss.
Desfile da Agroindústria Familiar
Neste ano, os animais dividiram os holofotes com salames, linguiças, queijos, vinhos, sucos, doces de leite, mel, melados e cachaças. Pela primeira vez, os vencedores do Concurso de Produtos da Agroindústria Familiar, que está em sua 11ª edição, também participaram do desfile dos grandes campeões da Expointer, na Pista Central do Parque de Exposições Assis Brasil.
“A ficha ainda não caiu”, repetia o produtor Aldemir Carrini, da Adega Carrini, de Cacique Doble. Em sua estreia na Expointer, conquistou o primeiro lugar no concurso de vinho tinto de mesa seco. Sorte de principiante?
“Não, a gente sabe o produto que tem, de bastante qualidade e aceito pelos consumidores. Mas eu não esperava, numa feira dessa magnitude, ganhar um prêmio”, diz, ainda incrédulo. Apesar de produzir vinhos para a família por 30 anos, foi apenas no ano passado que Aldemir conseguiu registrar sua adega, por meio da Lei de Vinhos Coloniais.
Confira aqui a lista completa dos grandes campeões da 46ª Expointer.
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul