02/09/2023 às 19h38min - Atualizada em 03/09/2023 às 00h37min

Ato no Rio lembra os 2 mil dias sem solução para o caso Marielle

Para a Anistia Internacional, é inadmissível que depois de tanto tempo não haja uma conclusão sobre o crime.

Agência Brasil
https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2023-09/ato-no-rio-lembra-os-2-mil-dias-sem-solucao-para-o-caso-marielle




A Anistia Internacional promoveu na tarde deste sábado (2) um ato simbólico para marcar os 2 mil dias sem justiça pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018, na região central da cidade.



A mobilização, realizada na Praça Mauá, em frente à

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 Superintendência da Polícia Federal,

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 teve por objetivo reivindicar o andamento mais rápido das investigações, com imparcialidade, transparência e o esclarecimento das motivações do crime e quem foram os mandantes. A Anistia cobra ainda que o governo federal implemente, por meio de cooperação técnica internacional, um mecanismo independente de especialistas

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 para trabalhar no apoio à elucidação do crime.




Rio de Janeiro (RJ), 02/09/2023 - Mães de vítimas da violência policial participam de ato simbólico da Anistia Internacional nos 2 mil dias do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, na Praça Mauá. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Rio de Janeiro (RJ), 02/09/2023 - Mães de vítimas da violência policial participam de ato simbólico da Anistia Internacional nos 2 mil dias do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, na Praça Mauá. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil






Mães de vítimas da violência policial participam de ato simbólico da Anistia Internacional nos 2 mil dias do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, na Praça Mauá. Foto:

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 Fernando Frazão/Agência Brasil



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A diretora executiva da Anistia Internacional, Jurema Werneck, disse que 2 mil dias são muito tempo para esperar por uma resposta.




“É inadmissível que depois de tanto tempo e recursos investidos nesse processo, não tenham chegado a uma conclusão. Desde o dia do crime, a Anistia Internacional Brasil segue mobilizada para que se faça justiça por Marielle e Anderson. E assim seguiremos, em luta e com coragem”, avaliou.





Rio de Janeiro (RJ), 02/09/2023 - Marinete da Silva e Antônio Francisco da Silva Neto em ato simbólico da Anistia Internacional nos 2 mil dias do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, na Praça Mauá. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Rio de Janeiro (RJ), 02/09/2023 - Marinete da Silva e Antônio Francisco da Silva Neto em ato simbólico da Anistia Internacional nos 2 mil dias do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, na Praça Mauá. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil






Marinete da Silva e Antônio Francisco da Silva Neto, pais de Marielle Franco, em ato simbólico da Anistia Internacional pelos 2 mil dias do assassinato da vereadora

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 e de Anderson Gomes, na Praça Mauá. Foto:

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 Fernando Frazão/Agência Brasil



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“Nos últimos cinco anos, tivemos seis delegados de polícia à

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 frente do caso, quatro chefes de Polícia Civil, um interventor, 11 promotores de Justiça, dois procuradores gerais de Justiça, dois procuradores-gerais de Justiça, três governadores, dois presidentes da República, um superintendente da Polícia Federal e continuamos sem resposta”, diz a Anistia Internacional.

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A manifestação teve a participação de coletivos de mães e familiares de vítimas da violência do

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 Estado e coletivos de defensores de direitos humanos para endossar o pedido de respostas.



Luzes de led trouxeram a mensagem “2 mil dias sem Justiça”, acompanhadas por girassóis, flores que simbolizam as sementes de Marielle e Anderson e velas que representam o símbolo da organização.



Veja galeria de fotos:





Avanços

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No início do governo Lula, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, mobilizou a Polícia Federal para atuar diretamente no caso junto com o Ministério Público do Rio (MPRJ). O motorista que dirigia o carro utilizado no assassinato, o ex-policial militar Élson Queiróz, confirmou o nome dos envolvidos no crime. Na delação premiada com

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 a Polícia Federal (PF) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro, ele confirmou sua participação, a de Ronnie Lessa e a do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa nos assassinatos de Marielle e Anderson. O ex-PM ainda indicou envolvimento de mais pessoas no crime, informação que segue em segredo de Justiça.



Para o Dino, a colaboração premiada de Élcio de Queiroz encerrou uma fase da investigação ao retirar todas as dúvidas sobre a execução do crime, abrindo a possibilidade de a polícia chegar aos mandantes do duplo assassinato.



“Há um avanço, uma espécie de mudança de patamar da investigação. A investigação agora se conclui em relação ao patamar da execução e há elementos para novo patamar: o

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 da identificação dos mandantes do crime”, destacou o ministro, em coletiva após a delação.




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2023-09/ato-no-rio-lembra-os-2-mil-dias-sem-solucao-para-o-caso-marielle
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