Durante operação deflagrada no bairro Mathias Velho, em Canoas, a Polícia Civil prendeu um homem de 29 anos, apontado como fornecedor de placas clonadas de veículos para grupos criminosos da Região Metropolitana de Porto Alegre e do Vale do Sinos. Em ofensiva anterior, no início da semana, ele havia conseguido fugir pulando da janela do segundo andar de um prédio.
Apesar da captura ter sido realizada na cidade vizinha, a base de operações do falsificador ficava na Zona Norte da capital gaúcha, mais precisamente no bairro São João. Com ele também foi preso outro suspeito e apreendidos diversos equipamentos e materiais, além de grande quantidade de placas forjadas sob encomenda. A investigação trabalha agora para descobrir quem era a clientela.
Similaridade
No dia 21 de agosto, a Polícia Civil deflagrou operação semelhante na Zona Sul de Porto Alegre. O foco, porém, foram integrantes de uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas e que fazia do roubo de veículos – também com posterior adulteração de placas – uma forma de obtenção de dinheiro para compra de armas-de-fogo.
Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária, três de prisão preventiva, cinco de busca e apreensão e um bloqueio de contas bancárias no bairro Santa Tereza, em Porto Alegre, em Gravataí, na Pasc (Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas), na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas e na Penitenciária Estadual de Porto Alegre.
Na ocasião foram presos cinco criminosos e aprendidas drogas, além de celulares. A operação contou com a participação de 20 policiais civis e 20 penais.
As investigações iniciaram em dezembro de 2022. A base territorial do grupo criminoso é o bairro Santa Tereza, na Zona Sul da Capital, mais especificamente a localidade chamada “Buraco Quente”. O grupo integra uma facção local.
Foi apurado que, além do tráfico de drogas, o grupo comprava armas de fogo de grosso calibre para ataques contra facções rivais e para aumentar os lucros por meio do roubo de veículos, adulteração de placas e revenda desses carros. O bando montou uma fábrica que clonava placas veiculares.
O grupo era especializado na distribuição de maconha na Capital e também na lavagem de capitais mediante transferência reiterada dos valores para contas de terceiros. A investigação está em estágio avançado, de modo que as prisões são necessárias para a conclusão do inquérito policial e demonstração de vínculos entre os indivíduos”.
(Marcello Campos)
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul