O Tribunal do Júri de Tramandaí, no Litoral Norte gaúcho, condenou três jovens que espancaram até a morte Guilherme Tadeu Gonçalves da Silva, de 22 anos, em frente a uma boate no Centro de Imbé. Os réus foram sentenciados a 21 anos de prisão cada por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Os três estão presos na Penitenciária Modulada de Osório. A pena foi fixada na quinta-feira (14) pelo juiz Gilberto Pinto Fontoura, que presidiu o júri. Cabe recurso da sentença.
O assassinato ocorreu na madrugada de 1º de maio de 2022. De acordo com a denúncia do MP (Ministério Público), os criminosos, acompanhados de um adolescente infrator na época dos fatos, mataram o jovem com chutes, socos e outros objetos.
O motivo do crime teria sido um pisão no pé que foi dado pela vítima, sem intenção, em um dos agressores. Após uma discussão, os réus se juntaram para agredir fisicamente Guilherme Tadeu e outras pessoas que estavam no local. Os seguranças da boate imediatamente interviram na briga, expulsando os envolvidos do estabelecimento. Inconformados, eles ficaram do lado de fora aguardando a saída de Guilherme e de outras pessoas.
Ainda na mesma noite, outro confronto aconteceu no interior do estabelecimento envolvendo duas mulheres. Ao serem retiradas do local, Guilherme acompanhou a saída de uma delas junto com outros frequentadores da boate. Na sequência, os agressores avançaram contra o grupo recém retirado do estabelecimento e passaram a agredi-lo fisicamente com socos, chutes, pedaços de pau e garrafas de vidro.
Durante o ato, duas vítimas foram socorridas por um amigo, que conseguiu intervir e retirá-las do local em um automóvel, levando-as a um posto de saúde. Já Guilherme Tadeu, caído no chão, sofreu com sucessivos e ininterruptos golpes e faleceu no local.
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul