19/09/2023 às 20h40min - Atualizada em 20/09/2023 às 00h05min

Cheia do Rio Jacuí atinge residências e dezenas de pessoas precisam sair de casa

Cheia do Rio Jacuí atinge residências e dezenas de pessoas precisam sair de casa - Jornal O Sul

Jornal O Sul
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A cheia do Rio Jacuí é uma das maiores da história, apontam dados de medições históricas tanto em Rio Pardo como em Cachoeira do Sul. Nas duas cidades do Centro do Rio Grande do Sul, as enchentes que já duram vários dias retiram moradores de suas casas. A grande cheia é efeito dos volumes extraordinariamente altos da primeira metade de setembro, quando pontos da bacia chegaram a ter 300 mm a 400 mm.

Em Porto Alegre, o tempo instável e a elevação do Lago Guaíba – que apresentou variações entre 2,61 e 2,67 metros no Cais Mauá ao longo da terça-feira (19) demandaram esforços dos órgãos de pronta-resposta no bairro Arquipélago.

Na Região das Ilhas, em Porto Alegre, nove pessoas estão acolhidas no abrigo montado na Escola Estadual Alvarenga Peixoto, localizada na Ilha Grande dos Marinheiros. A estrutura chegou a receber 15 pessoas e possui 30 vagas. Há, ainda, a possibilidade de ampliação para 50 espaços provisórios.

Dezenas de pessoas estão desabrigadas pela cheia do Rio Jacuí em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana. Ao menos 30 tiveram que deixar suas moradias. O bairro mais afetado é o Cidade Verde, mas há problemas também nos bairros Picada, Sans Souci, Itaí e Vila da Paz.

Em Alvorada, outro ponto da Região Metropolitana, centenas de pessoas seguem afetadas pela enchente do Arroio Feijó. Nos bairros Americana, Nova Americana, 11 de Abril e Sumaré, ainda há ruas tomadas pela água. Apesar disso, o nível do arroio está baixando.

O número de casas atingidas subiu para 823. São 192 pessoas que deixaram suas residências, e outras centenas que permanecem ilhadas em casa. Há 12 em abrigo público.

Lagoa dos Patos

O nível muito alto da Lagoa dos Patos, que recebe toda a vazão de rios como o Taquari-Antas, Jacuí, Sinos, Caí, Paranhana, Gravataí e outros, está causando problemas e emergência em vários municípios da Metade Sul do Rio Grande do Sul. Com a chuva extrema deste mês e cheias históricas em alguns destes rios, o nível da lagoa acabou por subir muito.

Rio Grande é um dos municípios mais afetados pela elevação da Lagoa dos Patos. Não bastasse a chuva com altos volumes, a cheia da lagoa agravou a situação. Há onze pessoas desalojadas na cidade, nove no bairro Cidade Nova e duas na Ilha da Torotama. Três pontos recebem as pessoas fora de casa pelas inundações.

Pelotas

Os problemas pela cheia da lagoa ocorrem também em Pelotas. Com o nível muito alto e que ainda se eleva, o Pontal da Barra, na praia do Laranjal, ficou sem o acesso. As águas da Lagoa dos Patos invadiram e alagaram a estrada. Somente a pé ou de barco era possível chegar até o local. O nível do Canal São Gonçalo também está muito alto e causa inundações.

Na mesma região, o município de São José do Norte foi significativamente impactado pelas fortes chuvas do início desta semana. Segundo a Defesa Civil, alguns moradores foram obrigados a deslocar seus móveis para evitar danos, enquanto outros optaram por buscar abrigo na residência de amigos. A inundação pela cheia da lagoa provocou alteração no trajeto utilizado pelos caminhões em direção à balsa.

Tapes e Camaquã

A Prefeitura de Camaquã decretou situação de emergência pelas inundações da chuva intensa. O município informa que as secretarias seguem trabalhando para recuperar estradas e pontes do interior do município assim como o auxílio às pessoas atingidas pelas enchentes. A campanha de arrecadação de água, comida, produtos de higiene e limpeza continua e os donativos devem ser entregues na sede da Secretaria do Desenvolvimento Social.

O município de Tapes foi outro que decretou situação de emergência após as fortes chuvas. O documento leva em conta os estragos causados nas áreas urbanas e rurais devido aos altos índices de chuva registrados no município, especialmente na semana passada, quando chegou a chover mais de 200 mm. O decreto cita o comprometimento parcial de serviços essenciais como tratamento e fornecimento de água potável, energia elétrica e serviço de saúde.


Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul



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