Desde o início do mês, quando a passagem de um ciclone extratropical causou enchentes que arrasaram diversas cidades gaúchas, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) tem atuado em parceria com o governo do Estado, parlamentares, autoridades e comunidades locais. A iniciativa tem por objetivo contribuir a minimização dos danos materiais e humanos.
A continuidade da colaboração foi tema de uma reunião, nesta semana, entre o chefe do Executivo municipal de Arroio do Meio, Danilo Bruxel, e o promotor Sérgio Diefenbach, responsável pela Promotoria Regional do Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica dos Rios Taquari e Antas. Na pauta, ações relacionadas ao processo de reconstrução de infraestruturas.
Além de tratar da construção de casas provisórias para famílias desalojadas pela inundação, Diefenbach ressaltou que se encontrará com prefeitos de outras cidades atingidas pela cheia do rio na região – incluindo Muçum e Roca Sales, duas das mais devastadas) – para fazer um mapeamento mais preciso das demandas de cada localidade.
“Tenho priorizado visitar localmente todas as cidades atingidas pelas enchentes”, frisou o promotor. “Junto aos prefeitos e comunidades, vamos debater as necessidades e buscar alternativas para solucionar os problemas decorrentes dessa tragédia.”
Na segunda-feira (25), o MP-RS abriu inquérito sobre ações relacionadas à prevenção de desastres naturais no Rio Grande do Sul, bem como a medidas para minimizar os impactos da cheia do rio Taquari.
Limpeza de fios
Nesta quarta-feira (27), será realizada a primeira reunião do MP-RS com a prefeitura de Passo Fundo (Região Norte do Estado) e representantes de empresas dos segmentos de energia, telefonia, internet, TV a cabo que atuam na cidade. Pauta: o início da retirada de cabos e fios telefônicos que causam poluição visual e acidentes.
Sob a coordenação do promotor Paulo Cirne, a iniciativa prevê medidas como o estabelecimento de um cronograma de trabalho. A proposta é realizar uma ação por mês para organização e limpeza dos emaranhados que compõem as redes de eletricidade e sinais de transmissão.
Uma lei municipal aprovada pela Câmara de Vereadores determina que as operadoras desse tipo de serviço são responsáveis por retirar os cabos excedentes dos postes instalados em vias públicas. Cirne destaca que a organizar esse tipo de material é um trabalho complexo, a ser executado de forma contínua e por longo período:
“É uma medida fundamental para reduzir a poluição visual e é importante para a segurança de pedestres e motoristas. Um motociclista sofreu acidente fatal em decorrência de fios soltos em uma das vias de Passo Fundo”.
(Marcello Campos)
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul