A SES (Secretaria Estadual da Saúde) anunciou nesta quarta-feira (20) que o Rio Grande do Sul está em alerta máximo contra a dengue. Já são mais de 9 mil casos confirmados este ano ocorridos dentro do Estado, chamados de autóctones. Entre esses, cinco mortes pela doença já foram confirmadas.
A declaração tem por objetivo o reforço na mobilização de enfrentamento ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti. O foco são os 177 municípios, incluindo a Capital, onde o nível de alerta é maior pelo número de casos e óbitos registrados.
O assunto foi tema de reunião do Centro de Operações de Emergência em Arboviroses (doenças transmitidas por insetos). A discussão foi feita entre representantes de áreas da assistência e vigilância da SES e de outras instituições, como a Fiocruz, e da representação dos municípios, pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul e Conselho das Secretarias Municipais de Saúde.
Na oportunidade, a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, ressaltou a necessidade de mobilizar e envolver toda a sociedade nessa tarefa. “É um compromisso com o cuidado”, disse. “O alerta máximo significa uma maior atenção com medidas fortes nas regiões de maior incidência”, completou.
Áreas do Estado com maior nível de alerta (por Coordenadorias Regionais de Saúde – CRS)
2ª CRS (sede Frederico Westphalen): 26 municípios (196 mil habitantes)
– 954 casos autóctones (524 casos por 100 mil hab.)
– 1 óbito
16ª CRS (sede Lajeado): 37 municípios (372 mil habitantes)
– 1.700 casos autóctones (474 casos por 100 mil hab.)
– Sem óbito
1ª CRS (sem considerar a sede Porto Alegre): 65 municípios (3,1 milhões de habitantes)
– 4.398 casos autóctones (95 casos por 100 mil hab.)
– 1 óbito
Porto Alegre: 1,5 milhão de habitantes
– 1.193 casos autóctones (80 casos por 100 mil hab.)
– Sem óbito
14ª CRS (sede Santa Rosa): 22 municípios (239 mil habitantes)
– 488 casos autóctones (219 casos por 100 mil hab.)
– 1 óbito
15ª CRS (sede Palmeira das Missões): 26 municípios (169 mil habitantes)
– 168 casos autóctones (103 casos por 100 mil hab.)
– 2 óbitos
Ações futuras
. Organização de reunião com coordenadores regionais de saúde, prefeitos e secretários municipais de cidades prioritárias.
. Modelagem de um painel com informações acessíveis à população e gestores (nível de infestação, número de casos, número de agentes de endemias, entre outros).
. Capacitação de equipes assistenciais (Atenção Primária à Saúde e rede hospitalar), com foco no manejo clínico.
. Elaboração de videoaulas para equipes assistenciais e de vigilância em saúde sobre temas de interesse.