A primeira placa foi em homenagem à autora, antropóloga, filósofa e ativista negra Lélia Gonzalez. A placa foi colocada no número 106 da Ladeira de Santa Teresa, na região central do Rio.
Lélia morreu no dia 11 de julho de 1994 aos 59 anos.
Em 2022, o Museu de Arte do Rio (MAR) hasteou uma bandeira criada pela artista Rosana Paulino com conceito da filósofa Lélia Gonzalez. A proposta foi incentivar reflexões sobre o lugar de fala da mulher negra e a ancestralidade afro-brasileira.
A artista se baseou no conceito de “Pretuguês”, consagrado nos escritos de Lélia. Trata-se de uma junção de falares brasileiros que misturam referências das línguas africanas com referências do português clássico vindo do colonizador. “A gente teve grandes nomes em torno dessa ideia do “pretuguês”, como Clementina de Jesus, os antigos sambistas, que gravavam em uma língua que não caberia na norma culta da língua”, comentou Marcelo Campos, curador chefe do museu.
Segundo ele, quando Lélia traz a ideia do que seria o “pretuguês”, ela liberta essa relação de erro, que pode ser muito mais uma espécie de sotaque, de modo popular do brasileiro falar, do que, necessariamente, um erro gramatical.