Segundo assessoria de imprensa da Via Mobilidade, foram acionados 70 ônibus do Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) para atender os passageiros.
A falha começou na tarde dessa terça-feira (3), com uma pane elétrica por volta das 14h, deixando a volta do paulistano para casa ainda mais difícil, tendo em vista que nove linhas do Metrô e da CPTM estavam em greve. Quem estava nos vagões da Linha 9, durante a falha, precisou caminhar pelos trilhos.
Na Estação Pinheiros, zona oeste da capital, o problema na linha da Via Mobilidade continuava depois das 19h e a fila para pegar o ônibus deu a volta no quarteirão. A gerente de atendimento, Ariane de Nascimento, esperou mais de duas horas. “Não sabemos se pegou fogo nos cabos. Não temos informações”.
A diarista Veroneide Rodrigues e as amigas cansaram de esperar e fizeram a pé um trajeto de três quilômetros. “Viemos da Estação Cidade Jardim até aqui a Estação de Pinheiros a pé, via Marginal [Pinheiros], correndo risco. Ninguém consegue entrar nos ônibus [do sistema Paese].”
A falha ocorreu depois de o governador Tarcísio de Freitas criticar a greve e exaltar as privatizações. “O que está disponível para o cidadão? Linha 4, que está com a iniciativa privatizada, a Linha 5, a Linha 8, a Linha, que está com a iniciativa privada. O protesto é contra a privatização”, ironizou.
Desde que a Linha 9 passou a ser administrada pela Via Mobilidade, foram registradas, em média, três vezes mais problemas do que quando era operada pela estatal, a CPTM.
Por terem descumprido decisão judicial para manter 100% da operação em horário de pico e 80% nos demais horários, os sindicatos dos metroviários e ferroviários devem pagar uma multa de R$ 500 mil cada por não terem cumprindo a determinação judicial.