A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) conseguiu que o Tribunal do Júri absolvesse, na última terça-feira (19), uma assistida acusada de matar o padrasto com um disparo de arma de fogo em Alegrete, na Fronteira Oeste. A Defensoria comprovou que a ré agiu em legítima defesa. O caso ocorreu em 8 de fevereiro de 2011.
Durante a sessão de julgamento, a ex-companheira da vítima e mãe da acusada relatou que ela e a filha sofriam agressões constantes por parte do ex-marido. Em seu interrogatório, a assistida relatou que era ameaçada pelo homem que, no dia do crime, descumpriu a medida protetiva e foi até a casa da mãe munido de um facão.
“O padrasto, que desrespeitava as medidas protetivas, já tinha ateado fogo na residência familiar, com a companheira e a filha dentro. Em fevereiro de 2011, com um facão em mãos, mais uma vez, foi na casa da ex-companheira ameaçá-la, afirmando que a mataria naquele dia. Nesse momento, a ré, grávida de 6 meses, objetivando salvar a própria vida e, principalmente, a de sua mãe, realizou disparos de arma de fogo que ocasionaram a morte do padrasto”, explicou a defensora pública Natália Mattos Wild Sarasol, responsável pelo caso.
O companheiro da mulher na época, acusado de ter cedido a arma utilizada no crime, também foi absolvido da acusação após a sessão.