Em uma reunião com secretários e deputados da base aliada, realizada nesta segunda-feira (30), no Palácio Piratini, o governador Eduardo Leite apresentou uma série de projetos de lei e uma proposta de emenda constitucional que serão encaminhados à Assembleia Legislativa (AL) nos próximos dias.
Os encaminhamentos tratam de questões relacionadas à governança da educação no Estado – como a proposta de mudança no processo de escolha dos diretores de escola, reestruturações no Conselho Estadual de Educação e a criação de um programa estadual de ensino em tempo integral.
O governador destacou os projetos como o próximo passo na jornada pela melhoria da educação gaúcha. “Já temos uma agenda de transformação na área com vários programas. Atuamos na formação de professores, na permanência de jovens em sala de aula, em melhorias na merenda e na infraestrutura das escolas, por exemplo”, recordou. “Agora entendemos que é o momento de dar um passo a mais também na governança da educação. Os projetos que estamos encaminhando nos permitirão construir práticas melhores, como as que observamos em estados que conseguiram avanços consistentes na qualidade do ensino.”
O Executivo estadual vai encaminhar quatro projetos de lei ainda em construção e uma emenda constitucional, além do projeto do Marco Legal da Educação – de autoria da AL, e que será protocolado pelo próprio Legislativo.
Proposta de Emenda Constitucional
Estabelecimento da garantia de “educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos 17 anos de idade”, em vez de constar “Ensino Fundamental”;
Criação da possibilidade de escolas com Ensino Fundamental apenas de anos iniciais ou apenas de anos finais;
Inclusão de menção para a formação de profissionais especificamente para escolas do campo, comunidades indígenas e quilombolas e educação especial
Simplificação da redação da oferta de educação na zona rural, garantindo todas as etapas da Educação Básica.
PL Gestão Democrática
Mudança no processo seletivo de escolha do diretor, incluídas etapas preliminares (com curso e prova) para os candidatos se habilitarem à votação direta;
Estabelecimento de autonomia financeira: o Conselho Escolar como o órgão executor para recursos estaduais (como já ocorre com os recursos federais).
PL Tempo Integral
Amplia o tempo de permanência dos estudantes na escola para uma jornada integral mínima igual ou superior a sete horas diárias;
Abastece as escolas em tempo integral com os equipamentos, mobiliários, materiais didáticos e recursos tecnológicos necessários para a proficiência pedagógica e eficácia da gestão;
Oferta jornada de trabalho de 40 horas semanais para professores e demais equipe escolar lotados em escola de Tempo Integral.
PL Ensino Profissional e Técnico
Incorpora a Superintendência da Educação Profissional do Estado do Rio Grande do Sul à estrutura da Secretaria da Educação (Seduc) como uma subsecretaria;
Cria a Política Estadual de Educação Profissional e Técnica para assegurar a continuidade da política de expansão e de qualificação da oferta de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) no Estado;
Estabelece as formas de oferta de Educação Profissional e Técnica e do Curso Normal;
Estabelece o dever da Seduc de fomentar e viabilizar a inclusão produtiva e empregabilidade do estudante e determina o monitoramento e avaliação periódicas dos cursos de EPT.
PL Conselho Estadual de Educação
Busca criar paridade no Conselho Estadual de Educação de modo a garantir maior equilíbrio nas decisões do conselho. O objetivo é dar celeridade à implementação das políticas públicas e à execução dos projetos estratégicos do governo.
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul