09/11/2023 às 22h29min - Atualizada em 10/11/2023 às 00h53min

No Rio Grande do Sul, a mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis é maior entre os homens

No Rio Grande do Sul, a mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis é maior entre os homens - Jornal O Sul

Jornal O Sul
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Diagnóstico elaborado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) ressalta os altos índices de mortalidade masculina do Rio Grande do Sul por doenças crônicas não transmissíveis, tais como câncer, diabetes, hipertensão arterial e males cardíacos ou respiratórios. Na faixa de 30 a 69 anos (na qual o óbito é considerado prematuro), a taxa supera em 42% a verificada entre as mulheres.

Com base em estatísticas do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, o relatório também chama a atenção para um aspecto fundamental: a necessidade de se fortalecer os cuidados preventivos e de acompanhamento, bem com a divulgação de informações sobre acesso a serviços voltados à população masculina.

No ano passado, a taxa média foi de 362,7 casos fatais para cada 100 mil gaúchos: separando-se os dados por gênero, o índice era de 427,8 para os homens e de para 300,5 mulheres.

Dentre as diferentes áreas do mapa do Estado, a região Sul apresentou as maiores taxas de mortalidade, tanto na população masculina (542,6 por 100 mil) quanto na feminina (392 por 100 mil).

A maior diferença entre homens e mulheres é percebida na macrorregião dos Vales, onde a mortalidade masculina foi 54% maior: sendo 457,9 por 100 mil entre os homens e 296,8 por 100 mil entre as mulheres.

“A população masculina costuma buscar menos os serviços de saúde, o que acaba impactando os dados”, explica a especialista da Secretaria Estadual da Saúde, Talita Donatti.

Com o tema “Promoção da Saúde do Homem e divulgação da nota técnica de recomendação pelo não rastreamento populacional do câncer de próstata”, será realizada uma transmissão ao vivo na tarde desta sexta-feira (10).

A live tem início marcado para as 14h no canal da Universidade de Santa Cruz do Sul no site de vídeos youtube.com e contará com a participação de representantes do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Situação nacional

Em âmbito nacional, dados levantados até setembro deste ano sobre os serviços de atenção primária demonstram que apenas 33% dos atendimentos realizados tinham homens como pacientes (no Rio Grande do Sul, essa proporção é de 35%).

No Brasil as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) correspondem a 72% das causas de morte. Com o envelhecimento da população e o aumento progressivo da expectativa de vida dos brasileiros nos últimos anos, os
agravos e doenças crônicas não transmissíveis passaram a predominar nas estatísticas de óbitos, especialmente se
comparadas com a mortalidade por doenças infecciosas, que tiveram um declínio expressivo nesse mesmo período.

(Marcello Campos)


Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul



Fonte: https://www.osul.com.br/no-rio-grande-do-sul-a-mortalidade-por-doencas-cronicas-e-maior-na-populacao-masculina/
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