O Tribunal do Júri de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, condenou um homem e uma mulher por matar e incendiar o morador de rua Antônio José Berman, de 61 anos. O réu foi sentenciado a 18 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. Já a mulher foi condenada a 16 anos e 8 meses.
Ambos responderam pelos crimes de homicídio qualificado por emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, destruição de cadáver e incêndio. O julgamento, que durou mais de 12 horas, terminou na noite de quinta-feira (9). Cabe recurso da decisão.
Conforme a denúncia do MP (Ministério Público), o crime aconteceu na madrugada de 23 de julho de 2021, em uma casa abandonada onde a vítima – conhecida como Mano – dormia, na esquina das ruas Machado de Assis e Tuperandi, no bairro Ideal, em Novo Hamburgo.
Os acusados, que eram namorados na época, teriam ido até o local para usar drogas. Segundo o MP, após um desentendimento entre Mano e a mulher, que já se conheciam, ela passou a desferir socos contra a vítima, sendo auxiliada pelo então namorado, que começou a sufocar o mendigo e o golpeou com uma picareta.
Após o crime, de acordo com a denúncia, o casal ateou fogo no local em que se encontrava o cadáver, causando a carbonização do corpo. No dia seguinte, a acusada abordou uma viatura da Brigada Militar para confessar o crime. Ela alegou que era vítima de estupro por parte de Berman e que o mesmo assediava outras pessoas. A mulher afirmou que, no dia do crime, o mendigo teria tentado abusar dela e que resolveu, junto com o companheiro, matar Berman. Após a confissão, ela foi presa. Já o ex-namorado sempre negou participação no assassinato.
Segundo informações divulgadas na sexta-feira (10) pelo Tribunal de Justiça, o réu já cumpriu 2 meses e 15 dias em prisão provisória, enquanto a ré já ficou 2 anos, 3 meses e 17 dias em regime fechado.
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul