A lei federal 9434/97, que regulamentou o Sistema Nacional de Transplantes e a Central Estadual de Transplantes está completando 25 anos no próximo domingo (1º).
Para marcar esta data, a enfermeira Heloisa Foernges, que estava presente no primeiro atendimento feito pela central depois da promulgação da lei – que trouxe critérios de normatização e regulação aos procedimentos na área de transplantes –, conta como no Rio Grande do Sul a central acompanhou a legislação e também passou a funcionar conforme o sistema.
Heloisa relembra que “no dia 1º de maio de 1997, às 8h, o telefone tocou. Era a médica Luciana Leornadelli do Hospital Pompéia, de Caxias do Sul, avisando que havia um doador de rins”.
Até então, a distribuição era efetuada por meio de uma escala de hospitais transplantadores que ficava a cargo dos médicos plantonistas e a escolha do receptor era feita com um protocolo bem básico: tipo sanguíneo, idade, condições clínicas do doador e uma autorização dos familiares.
Heloisa também diz que “na época só se fazia transplante de rim, só mais tarde que foram entrando os outros órgãos, como fígado, coração e pulmão”.
De acordo com ela, os protocolos também evoluíram com exames mais específicos. “Fazíamos a entrevista com os familiares nos hospitais de Porto Alegre e viajávamos com as equipes para retirada de órgãos quando o hospital doador não tinha cirurgiões disponíveis para tal e trazíamos os órgãos para a Capital. Era um trabalho árduo mas muito gratificante” enfatiza a enfermeira.
Atualmente o sistema funciona de forma informatizada, em lista única, com exames que comprovam a compatibilidade entre doador e receptor. Para dar conta da demanda por transplantes, as famílias de potenciais doadores devem ser sensibilizadas pelas equipes hospitalares para a efetivação da doação para salvar vidas.
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https://saude.rs.gov.br/transplantes
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