Um estudo do Grupo de Trabalho Alimento Seguro da Ceasa (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul ), em Porto Alegre, mostrou que 19% dos produtos vendidos no centro de abastecimento em 2021 continham algum resíduo de agrotóxico.
Três anos antes, em 2018, o índice era de 39% – taxa que vem caindo ano após ano. A redução, explicou o gerente técnico da Ceasa, Claiton Colvelo, se dá a partir de orientações e apoio aos produtores rurais. “Notamos significativa mudança de entendimento e de hábitos na utilização destes agroquímicos”, observou ele.
Dados do relatório de monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos mostram que o índice negativo vem caindo e o positivo subindo nos últimos anos. De 2018 para 2021, o percentual de laudos satisfatórios aumentou 20%. Passou de 61% para 81%, respectivamente. Por outro lado, em função do trabalho de orientação da cadeia produtiva, a incidência de resíduos em frutas, legumes e verduras teve “importante redução”.
Pelo último levantamento, em 2020 a Ceasa comercializou 1,7 bilhão, com 634 mil toneladas de produtos – dois recordes.
O Grupo
O GT Alimento Seguro foi criado em 2017, em parceria com diversas entidades e órgãos públicos, para monitorar o uso correto de agrotóxicos nos hortigranjeiros comercializados nos pavilhões da Ceasa. Cerca de 200 amostras de produtos têm sido coletadas anualmente de produtores e atacadistas para o envio às análises laboratoriais, a fim de manter controle e verificar a segurança dos alimentos para o consumo.