Em março de 2022 o volume de vendas no comércio varejista gaúcho teve alta de 1,6% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. Com isso, a média móvel trimestral avançou em 1,0% no trimestre encerrado em março.
Na comparação com março de 2021, o comércio varejista cresceu 10,9%, depois de avanço de 8,7% em fevereiro no indicador interanual. No acumulado no ano, o varejo teve variação de 8,3%. Já o acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 5,6% até fevereiro para 6,7% em março, mostra aumento na intensidade de crescimento do setor.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas em março de 2022 recuou 2,1% frente a fevereiro. Nesse índice, a média móvel trimestral variou -0,3% no trimestre encerrado em março de 2022.
Cinco das oito atividades do varejo tiveram alta frente a março de 2021
Na comparação com março de 2021, o comércio varejista avançou 10,9%, com taxas positivas em cinco das oito atividades pesquisadas: tecidos, vestuário e calçados (99,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (87,1%), livros, jornais, revistas e papelaria (64,9%), móveis e eletrodomésticos (26,3%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,6%).
Tiveram queda na comparação com o mesmo mês do ano anterior os setores de combustíveis e lubrificantes (-17,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,9%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,1%).
Considerando o comércio varejista ampliado, o aumento de 7,4% nas vendas frente a março de 2021 foi seguido por veículos e motos, partes e peças (5,8%), enquanto material de construção registrou recuo (-10,6%). A atividade de tecidos, vestuário e calçados apresentou aumento de 99,5% nas vendas frente a março de 2021, o segundo aumento consecutivo e o maior desde abril de 2021 na comparação interanual (358,4%, frente a abril de 2020). O resultado do setor exerceu a segunda maior contribuição para o índice interanual do mês entre todas as atividades, somando 4,5 pontos percentuais (p.p.) de um total de 10,9%.
O acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 27,1% até fevereiro para 32,4% em março, mostrou aumento de intensidade de crescimento. O mesmo se deu no acumulado no ano, que passou de 5,8% até fevereiro para 32,1% até março.
O segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., teve alta de 87,1% nas vendas frente a março de 2021, contra aumento de 12,0% em fevereiro de 2022, frente a fevereiro de 2021. O setor registrou a maior contribuição na comparação interanual de volume de vendas, somando 6,0 p.p. ao total de 10,9% de crescimento de todo o varejo. A atividade também mostra ganho de ritmo em relação ao acumulado no ano, passando de 10,4% até fevereiro para 30,6% no mês de referência.
No mesmo sentido, o resultado acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 34,6% até fevereiro para 39,9% em março, indica aumento na intensidade de crescimento. O setor de livros, jornais, revistas e papelaria teve crescimento de 64,9% nas vendas frente a março de 2021, após aumento de 88,6% em fevereiro de 2022, frente a
fevereiro de 2021. No ano, o setor acumula alta de 59,1% até março, acima do acumulado registrado até fevereiro (57,2%). No indicador dos últimos 12 meses o setor também acelera, passando de 25,3% até fevereiro de 2022, para 34,9%.
As vendas de móveis e eletrodomésticos cresceram 26,3% frente a março de 2021, invertendo trajetória de sete meses de resultados negativos. Em relação ao acumulado no ano, ao passar de -3,4% até fevereiro para 4,8% até março, a atividade mostra recuperação. Nos últimos 12 meses, o resultado de -3,2% indica diminuição na intensidade de queda em relação ao mês anterior (-4,2%).
A atividade de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,6%) se mantém no campo positivo pelo quarto mês consecutivo, embora tenha desacelerado frente a fevereiro (9,0%). No ano, o setor acumula 5,3% de crescimento, mostrando perda de ritmo em relação ao mês anterior (6,8%). Já nos últimos 12 meses, o resultado
segue negativo, passando de -3,8% até fevereiro para -2,8% em março.
Exercendo a maior contribuição negativa para a taxa interanual do varejo (-2,8 p.p.), o setor de combustíveis e lubrificantes teve queda de 17,6% nas vendas frente a março de 2021. O setor, para este indicador, vinha de 12 meses em crescimento, com o maior aumento registrado em abril de 2021 (20,8%), frente a abril de 2020. O acumulado no
ano passou de 8,9% até fevereiro para -2,4% em março, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses passou de 8,4% até fevereiro para 6,5% em março, mostrando redução de intensidade de crescimento.
O agrupamento de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou redução de 12,9% nas vendas frente a março de 2021, contra queda de 28,7% em fevereiro de 2022, frente a fevereiro de 2021. Com isso, no ano o acumulado passa de -29,4% até fevereiro para -24,2% até março. Nos últimos 12 meses a atividade também mostra redução na intensidade de perda, passando de -16,1% até fevereiro para -14,5% em março.
A atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria teve variação de -0,1% nas vendas frente a março de 2021, primeira taxa negativa após 20 meses de resultados positivos em sequência. Com isso, o setor acumula alta de 7,9% no ano, menor valor desde dezembro de 2020 (4,0%), indicando diminuição no ritmo de
crescimento. Nos últimos 12 meses o acúmulo é de 13,9% até março, representando 54 meses consecutivos de avanços para este indicador.
No comércio varejista ampliado, o segmento de veículos e motos, partes e peças voltou para o campo positivo após seis meses de resultados negativos, alcançando aumento de 5,8% nas vendas em março de 2022, frente a março de 2021. O acumulado no ano, ao passar de -12,4% até fevereiro para -6,0% no mês de referência, mostrou diminuição no ritmo de perda. Já o acumulado nos últimos 12 meses passa de 9,4% em fevereiro para 7,3% em março.
No setor de material de construção, a queda de 10,6% em março representa a oitava tava negativa consecutiva. O resultado também é negativo nos indicadores acumulados: -11,1% no ano e -2,5% nos últimos 12 meses.