O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (12/5) que o governo terá de recorrer à Justiça contra o preço dos combustíveis.
O chefe do Executivo federal não entrou em detalhes sobre o assunto. O Metrópoles entrou em contato com o Palácio do Planalto e com a Advocacia-Geral da União (AGU) e aguarda resposta.
Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro disse que “espera fazer mudanças de pessoas” para buscar “diminuir o preço dos combustíveis no Brasil”.
“Deixo bem claro que está previsto em lei, no caso da Petrobras, que ela tem que ter o seu papel social no tocante ao preço de combustíveis. Ninguém quer que a Petrobras tenha prejuízos ou fazer o que a senhora Dilma [Rousseff, ex-presidente] fez lá atrás, interferindo artificialmente no preço da Petrobras. A gente espera, aqui, a redução do preço. Vamos ter que recorrer à Justiça”, disse Bolsonaro durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
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Recentemente, a Petrobras anunciou o aumento de 18,8% na gasolina, e de 24,9% no diesel nas refinarias. Devido ao reajuste, que começou a valer em 11 de março, consumidores passaram a questionar qual combustível é o mais vantajoso na hora de abastecer PhotoAlto/James Hardy
Homem abastecendo o carro
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Para saber a resposta, é necessário realizar uma conta básica. Prepare a calculadora (ou a mente!) Jordan Siemens/ Getty Images
Pessoa dentro do carro com máscara em frente a outra pessoa
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Divida o preço do litro do álcool pelo da gasolina. Caso o resultado seja igual ou inferior a 0,71, o indicado é que o álcool seja utilizado. No entanto, se o resultado for superior a 0,72, significa que a gasolina será o melhor negócio FG Trade/ Getty Images
Pessoa dentro do carro com máscara em frente a outra pessoa
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Por exemplo, se nos postos o litro do álcool custa R$ 5,00 e o da gasolina está chegando a R$ 7,00, dividindo o primeiro pelo segundo, o resultado será R$ 0,71. Ou seja, nesse caso, o álcool será mais vantajoso andresr/ Getty Images
Homem abastecendo o carro
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Levando em consideração o modelo do carro, será necessário dividir o valor do desempenho do automóvel com o álcool pelo desemprenho que ele tem com a gasolina Getty Images
Fotografia de um posto de gasolina com bombas de gasolinae um carro na frente
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Se o veículo circular 7,2 km/litro com álcool e 10 km/l com gasolina, temos 0,72 ou 72% de rendimento com álcool. Nesse caso, a gasolina é a indicada Artit Fongfung / EyeEm
Homem abastecendo o carro
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Para saber o desempenho que o seu carro faz com cada um dos combustíveis, caso o seu automóvel não tenha computador de bordo que forneça a informação, você precisará encher o tanque e anotar o número ou zerar o hodômetro parcial PhotoAlto/James Hardy/ Getty Images
Homem abastecendo o carro
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Feito isso, percorra a distância necessária para esvaziar o tanque e o encha novamente com o outro combustível, dividindo o total de litros abastecido pela quilometragem rodada Westend61/ Getty Images
Pessoa segurando bico de abastecimento em frente a uma bomba de gasolina
Foto-bomba-de-gasolina
Ao descobrir o que o carro faz com cada um dos combustíveis, divida o valor do álcool pelo da gasolina, para saber qual é o mais vantajoso Vinícius Schmidt/Metrópoles
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O presidente da República não tem poder direto sobre a Petrobras ou sua política de preços. Cabe ao governo, por exemplo, indicar um nome para o comando da petroleira. Para que uma substituição seja concretizada, porém, a indicação precisa do aval do Conselho de Administração da empresa.
A União é a principal acionista da Petrobras. A participação societária é divida entre o governo federal, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o BNDESPar, empresa do banco que detém participações em outras companhias.
Mais cedo, nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro disse que não haverá interferência na Petrobras, a não ser, segundo ele, “pelas vias legais”.
Antes mesmo de assumir a Presidência da República, Bolsonaro indicou Roberto Castello Branco para comandar a Petrobras. Depois, em fevereiro de 2021, substituiu o então chefe da petroleira pelo general Joaquim Silva e Luna. Neste ano, o militar deixou a estatal após o mandatário do país indicar José Mauro Ferreira Coelho para a presidência da estatal.
Nas duas últimas ocasiões, as trocas foram feitas em meio à alta no preço dos combustíveis.