13/05/2022 às 19h58min - Atualizada em 14/05/2022 às 00h04min

Coordenador é indiciado após aluna ter 60% do corpo queimado em GO

Estudante, de 16 anos, se feriu durante experimento escolar; PCGO entendeu que ele não providenciou condições de vigilância

Metrópoles
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Goiânia – A Polícia Civil de Goiás (PCGO) conclui nesta sexta-feira (13/5) o inquérito sobre o caso da estudante que teve 60% do corpo queimado durante um experimento escolar em Anápolis, a cerca de 55 km da capital goiana. Um coordenador foi indiciado, já que, no entendimento da corporação, ele não providenciou condições de vigilância e nem impediu o experimento.

De acordo com a PCGO, um estudante também deve responder por ato infracional possivelmente análogo ao crime de incêndio culposo. Com a conclusão da investigação, o coordenador deverá responder por abandono de incapaz, qualificado pelo resultado mais gravoso, de lesão grave/gravíssima.

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Fogo invisível

A estudante Annelise Lopes Andrade, de 16 anos, sofreu o acidente em 30/11/2021. Ela e mais três colegas se reuniram em uma sala do Colégio Heli Alves, onde estuda, para fazer o experimento chamado de “fogo invisível“, segundo a mãe.

À época do acidente, o coordenador do colégio informou que os alunos do 2º ano do ensino médio estavam com aulas remotas e pediram para ir à escola para gravar o experimento de física e química. Segundo ele, os estudantes foram autorizados a usar uma sala para gravação, mas, conforme acrescentou, não avisaram que usariam álcool e nenhum professor ou monitor acompanhou a situação.

“Eles disseram que iriam gravar uma apresentação, mas não explicaram o que iriam fazer. Eles disseram que colocaram fogo ao álcool, mas que acharam que não tinha pego. Por isso, foram colocar mais [álcool] e houve essa explosão”, disse o coordenador.

De acordo com ele, Annelise foi a única que se machucou. Ele disse que funcionários da escola ouviram os gritos e levaram a estudante para o chuveiro até a chegada dos bombeiros.

Alta médica

Após 64 dias internada, Annelise recebeu alta médica em fevereiro deste ano. Ela passou por momentos difíceis no hospital, com crises de pânico, segundo a mãe. Ela também tratou uma embolia pulmonar e teve que reaprender a falar.

“Foi muito emocionante voltar de novo para casa. A primeira coisa que queria era minha família e está sendo muito bom. Estou gostando bastante. Meus planos agora são só pensar positivo, seguir em frente e melhorar a cada dia mais”, disse a adolescente ao Metrópoles.

Depois de tanto tempo hospitalizada, ela continua agora o tratamento de casa. Anne segue com a voz rouca, por causa do tempo que passou intubada e com traqueostomia. Também há algumas restrições e orientações. Não pode pegar sol nos locais das queimaduras, por isso a garota utiliza uma máscara de pano sobre o rosto. Também é necessário se alimentar e tomar muito líquido.

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