São Paulo – Aécio Neves, deputado federal pelo PSDB, falou sobre o processo do partido para definir um candidato à Presidência do Brasil. O político mineiro criticou a postura de Bruno Araújo, presidente tucano, e prestou solidariedade a Doria, em entrevista à Folha de S.Paulo.
“Tudo que estamos vivendo hoje é consequência de equívocos que foram cometidos. A terceira via implodiu pelo pragmatismo de uns e pelo egoísmo do PSDB”, afirmou Aécio para a Folha.
O deputado disse que Bruno Araújo se dedicou a atuar mais como advogado dos interesses da candidatura de Rodrigo Garcia para o governo de São Paulo em detrimento de sua posição como presidente nacional do PSDB.
“O Doria sempre foi o bode que precisava ser retirado da sala para viabilizar a candidatura do Rodrigo Garcia. Por isso que as prévias foram feitas completamente fora do tempo, sem que houvesse outra candidatura”, disse à Folha.
Aécio ressaltou que não é contra a candidatura Garcia, mas que isso não pode “inviabilizar” o PSDB.
O deputado mineiro contou que decidiu atuar pela candidatura de Eduardo Leite ao identificar essa situação e notar que Doria nunca foi candidato de fato.
“Quero que deixar clara a minha solidariedade ao Doria porque uma coisa é você enfrentar um adversário de frente e dizer que ele não era a pessoa adequada para liderar o PSDB. Mas agora se busca uma construção, através de uma encenação burlesca, de uma pesquisa que já se sabe o resultado”, afirmou referindo às prévias.
Aécio também mencionou o apoio do PSDB à candidatura de Simone Tebet (MDB-MS) à presidência, mas negou a possibilidade. “Querem dizer: não pode ser o Doria porque ele tem uma alta rejeição, então tem que ser a Simone”, disse.
“O Doria está conhecendo a face triste da política, que é a traição pelos seus próprios companheiros”, complementou.
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