A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul informou, nesta segunda-feira (16), que está monitorando três casos de hepatite aguda infantil de origem desconhecida.
Segundo a pasta, neste primeiro momento ainda não serão divulgadas informações sobre idade, município de residência e demais detalhes do estado clínico dos pacientes até que as investigações avancem. O Ministério da Saúde também acompanha essas ocorrências.
Pela definição da OMS (Organização Mundial da Saúde), um caso é considerado como provável quando a pessoa apresenta hepatite aguda e tenham sido descartados todos os vírus conhecidos causadores da doença (A, B, C, D ou E). Nesses casos, outros exames são feitos para determinar se a causa pode ser outra, como adenovírus, Covid-19 ou arboviroses (dengue, zika e chikungunya).
A hepatite aguda apresenta diferentes sintomas gastrointestinais, como diarreia ou vômito, febre e dores musculares, mas o mais característico é a icterícia – uma coloração amarelada da pele e dos olhos.
O Ministério da Saúde informou que está investigando mais de 40 casos da doença em pelo menos outros oito Estados, além do RS: Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
A hepatite de origem desconhecida está acometendo crianças em pelo menos 20 países. A doença se manifesta de forma muito severa e não tem relação direta com os vírus conhecidos da enfermidade. Em cerca de 10% dos casos, foi necessário realizar o transplante de fígado.
Em comunicado divulgado em 23 de abril, a OMS disse que não há relação entre a doença e as vacinas utilizadas contra a Covid-19.