Goiânia – O promotor de eventos Thayrone Magno, de 30 anos, teve a liberdade provisória concedida pela Justiça. Ele foi preso em flagrante, suspeito de agredir a namorada, a arquiteta Anna Helisa Porto. O caso foi registrado nesse domingo (15/5), assim como audiência de custódia.
A decisão que libertou o promoter foi do juiz Carlos Luiz Damacena, porém, o acusado deve cumprir algumas exigências, como o uso de tornozeleira eletrônica. O rapaz pagou fiança de R$ 800,00.
“Entendo que é perfeitamente possível substituir a prisão legalmente cabível, por medidas cautelares diversas da prisão, bem como a manutenção das medidas protetivas de urgência”, afirmou a decisão.
Conforme a determinação, “as medidas cautelares deverão ser aplicadas observando-se a adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado”. No caso de descumprimento, o suspeito pode voltar a ser preso preventivamente.
Entre as medidas impostas, Thayrone não deve se ausentar da região metropolitana de Goiânia sem prévia comunicação à Justiça; sempre que intimado deve comparecer à polícia; além de se manter afastado a, pelo menos, 200 metros da ex-namorada; bem como pagar fiança no valor de R$ 800; e se submeter ao uso da tornozeleira eletrônica.
Anna Helisa contou que sofreu constantes agressões desde o período do namoro, iniciado em dezembro de 2020 e que seguiu até julho de 2021, mês em que ficaram noivos e se separaram em seguida por conta do perfil agressivo dele. Segundo ela, o casal ficou quatro meses separado, e depois de Thayrone forçar a retomada, a arquiteta e o promotor de eventos voltaram em novembro do ano passado.
A arquiteta afirmou que se separou do promotor de eventos em 28 de fevereiro deste ano, três meses depois de reatar o relacionamento com ele. Anna Helisa relatou que, na noite do último sábado (14/5), foi com amigas para um evento no Centro Cultural Oscar Niemeyer, na região sul de Goiânia, e o ex-noivo teria ido atrás dela depois de descobrir onde ela estava.
“Desde que a gente terminou [a relação], ele não tem aceitado, fez ameaças, me ligou de vários números diferentes para falar comigo porque eu bloqueava, e a situação sempre foi muito complicada. Ele já foi na porta da escola do meu filho, de 6 anos”, disse a arquiteta.
Anna Helisa contou que, durante todo o evento de sábado, o ex ficou atrás dela, mesmo com as negativas diante das investidas dele. Ela disse que decidiu ir embora porque não aguentava ser perseguida por ele no centro cultural, mas, conforme acrescentou, o ex-noivo a seguiu e a ameaçou, insistindo que a levasse no carro dele até o local onde o veículo dela estava estacionado, perto de um shopping na região.
“Fiquei com receio porque estava sendo ameaçada, e ele disse ‘Ana, você sabe que não vai ficar com ninguém se não ficar comigo. Eu vou fazer um inferno na sua vida’”, contou a arquiteta, que disse ter entrado no veículo do ex-noivo.
No entanto, segundo ela, Thayrone não a deixou no local combinado e seguiu para um hotel no Setor Oeste. Ela contou que só aceitou subir para o quarto porque ele disse que só queria conversar. “Mas, chegando lá, ele tentou forçar relação sexual comigo”, relatou a vítima.
Anna Helisa contou que aproveitou o momento em que o promotor de eventos estava dormindo para vestir a roupa e sair do quarto, mas, minutos depois, ele a alcançou na portaria e a fez entrar no carro dele, de novo. “Ele me fez entrar no carro de novo. Ele não queria me levar embora”, disse.
Depois de uma conversa, de acordo com a arquiteta, Thayrone decidiu levá-la para o local combinado, mas, com medo do ex-noivo, ela decidiu sair do veículo no momento em que ele parou o veículo durante o trajeto.
“Ele veio atrás de mim, tentando me arrastar para dentro do carro, e comecei a gritar, sentei na rua. Depois, passou um carro de aplicativo na rua e entrei nele, mas o Thayrone continuou perseguindo a gente. Em determinado momento em que o motorista do aplicativo reduziu a velocidade, ele [o ex] abriu a porta do carro e veio me agredir”, disse ela.
Depois da agressão, Thayrone tentou fugir, mas, conforme mostra um vídeo, o motorista do aplicativo chamou o carro de polícia que passou na rua no momento e apontou o veículo em que estava o promoter, que foi preso. Em seguida, a mulher continuou seu trajeto e, finalmente, conseguiu ir embora para casa.
O Metrópoles não conseguiu contato com a defesa de Thayrone até o momento em que publicou este texto, mas o espaço segue aberto para manifestações.
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