Engenheiros da Universidade Northwestern, de Illinois, nos Estados Unidos, inventaram o menor robô móvel controlado remotamente do mundo, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Science Robotics.
Cada um tem cerca de meio milímetro de largura, o que é menor do que a espessura de um centavo dos Estados Unidos.
Levou um ano e meio para criar as minúsculas criaturas de metal, disse o coautor John A. Rogers, professor de Ciência e Engenharia de Materiais do centro de pesquisa Louis Simpson e Kimberly Querrey da Universidade Northwestern.
Sua equipe era composta por estudantes de vários níveis acadêmicos que combinaram habilidades de pensamento crítico e criativo para projetar robôs que pareciam caranguejos, bem como outros animais, como minhocas e grilos, disse ele.
Alguns alunos acharam divertido o movimento lateral dos caranguejos, que foi a inspiração por trás do robô caranguejo, disse Rogers. O pequeno robô também pode torcer, girar e pular, acrescentou.
Dando vida aos robôs
Os robôs, feitos de uma liga maleável com memória de forma, começam como objetos planos, semelhantes a um pedaço de papel. As pernas e os braços estão dobrados para que o robô possa ficar de pé, disse ele. O caranguejo fica de pé até que o calor seja usado para fazer o caranguejo se mover, disse Rogers.
Um objeto metálico feito de liga com memória de forma pode ser deformado, mas retorna à sua forma original quando o calor é aplicado a ele, explicou ele.
A forma “original” do caranguejo é quando está plano, enquanto o estado “deformado” é quando os braços e as pernas estão dobrados.
A equipe aqueceria certas articulações para devolvê-las parcialmente ao estado original achatado. Quando o calor era aplicado repetidamente em uma sequência específica, os caranguejos eram capazes de se mover, semelhante à forma como os humanos dobram e endireitam as pernas para andar.
Lasers foram usados para aplicar calor em diferentes partes do robô caranguejo para criar movimento, de acordo com Rogers. “Um laser é uma maneira conveniente de fazer isso porque podemos focar a luz em um ponto muito pequeno e podemos escanear esse ponto para iluminar diferentes partes do corpo do robô em uma sequência de tempo”, disse ele.
Promissor
Os robôs ainda estão em fase de desenvolvimento e foram criados principalmente para fins acadêmicos, mas a tecnologia usada para fazer os pequenos caranguejos tem potencial, disse Rogers.
Pequenos robôs caranguejo podem ser usados para realizar cirurgias minimamente invasivas ou ajudar na montagem e reparo de máquinas de pequena escala, disse ele.
Enquanto isso, Rogers desafiou sua equipe a expandir as capacidades do robô. “Como um objetivo ambicioso, pedi aos alunos que vissem uma maneira de fazer esses robôs voarem – talvez impossível, mas divertido de se pensar”, disse ele.