A cabeleireira Luciana Santos da Silva foi a primeira gaúcha a ter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) emitida com o nome social. A moradora de Restinga Seca, na Região Central do Estado, estava com o documento ainda válido, mas pediu uma segunda via para trocar o nome civil masculino para o nome condizente com a sua identidade de gênero.
A possibilidade de pessoas trans e travestis incluírem o nome social na CNH veio com a mudança no layout do documento, que ocorreu no dia 1º de junho. O direito à utilização do nome social já está garantido no documento de identidade no Estado desde 2019.
A inclusão do nome social na CNH só pode ser feita por quem já tem o nome social no RG, já que as informações vêm do cadastro do Departamento de Identificação do IGP (Instituto-Geral de Perícias). O nome social é o que ficará impresso no documento, e o nome civil permanecerá somente no cadastro acessível via QR Code.
Luciana, que é casada há 21 anos, já utiliza o nome social na carteira de identidade desde janeiro. Ela fez a alteração por incentivo de amigos e da família, já que, com o nome social, evita constrangimentos em aeroportos, consultórios médicos e outros locais.
A cabeleireira tem CNH categoria AD, ou seja, é habilitada para dirigir moto, carro, ônibus e caminhões. “Usar o nome social também na CNH é uma glória, já que é o documento que eu mais utilizo”, afirmou.