A atividade industrial gaúcha abriu o segundo trimestre em alta. É o que aponta o IDI-RS (Índice de Desempenho Industrial), divulgado nessa terça-feira (14) pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul).
Avançou 1,5% em abril, frente ao mês anterior, após também crescer 0,5% em março. Com essa nova alta, o IDI-RS atingiu o maior patamar desde outubro 2014, sendo 10,8% acima ao registrado antes da pandemia, em fevereiro de 2020.
O IDI-RS busca mensurar a atividade da indústria gaúcha por meio da combinação de seis indicadores. O exame deles, em abril, revelou sinais ambíguos, com crescimento das horas trabalhadas na produção (1,4%), do emprego (0,6%) e da massa salarial real (0,5%).
Em compensação, ocorreram fortes quedas nos componentes de faturamento real, -3,3%; compras industriais, -2,3%, e utilização da capacidade instalada, com -0,7 ponto percentual.
Os resultados são igualmente positivos também nas comparações anuais, mas começam a diminuir de intensidade. Em abril de 2022, o IDI-RS cresceu 2,9% ante igual mês do ano passado, a pior taxa em 18 meses.
Parte da explicação para isso se deve ao menor número de dias úteis, 19 contra 21 de abril de 2021. Com isso, o acumulado do ano aponta uma alta de 3,9% em relação ao primeiro quadrimestre de 2021, desacelerando em relação ao resultado de março (4,3%).
Das seis variáveis que compõem o IDI-RS, cinco contribuíram para o resultado positivo do primeiro quadrimestre de 2022, especialmente horas trabalhadas na produção, que subiram 7,3%, seguidas de emprego, 6,1%; e compras industriais, 6%.
Já a massa salarial e o faturamento real também cresceram, 5,8% e 1,8%, respectivamente. A única exceção ficou com a UCI (Utilização da Capacidade Instalada): perdeu 1,1 ponto percentual, mantendo grau médio de 81% nos quatro primeiros meses do ano.
Ainda nessa comparação com o quadrimestre de 2021, a atividade industrial gaúcha cresceu em nove dos 16 setores cobertos pela pesquisa, tendo como destaque as indústrias de Veículos automotores (13,2%) e Máquinas e equipamentos (10,7%).
Também tiveram elevação Tabaco, 35,3%, e Couros e calçados, 6,2%. Em contrapartida, as quedas mais significativas vieram de Móveis (-7,8%), Produtos de metal (-3,5%) e Alimentos (-1,3%).