Pink Farms aposta em investimento coletivo e projeta aumentar faturamento em 10 vezes

São Paulo, junho de 2022 — A Pink Farms, primeira fazenda vertical urbana da América Latina, acaba de abrir a sua segunda rodada de investimento coletivo através da plataforma SMU Investimentos. A startup faz parte de um grupo de mais de 40 empresas comandadas pela plataforma que apostam nos chamados crowdfunding. 

“Na primeira rodada, feita no início do ano passado, levantamos R＄ 4,8 milhões de reais, o que representa 20% acima da meta inicial. Graças a ela, hoje já somos 170 vezes mais produtivos por metro quadrado de solo. Produzimos 3 toneladas de alimentos por mês e ainda assim estamos com uma demanda significativamente maior que a oferta. Precisamos de espaço para produzir mais. Por isso abrimos mais uma rodada coletiva”, afirma Geraldo Maia, cofundador e CEO da Pink Farms, que prevê aumento no faturamento em dez vezes em 2023. 
 
Para Francisco Jardim, sócio-fundador da SP Ventures, uma das investidoras da Pink Farms, aplicar recursos em empresas tendo como um de seus viés a sustentabilidade é uma forma de motivá-las a persistirem neste caminho. “Ainda mais se analisarmos o comportamento do consumidor, que busca produtos com qualidade voltados para essa preocupação ambiental”, explica Jardim. 


Crowdfunding 

Esse termo inglês tem sido muito utilizado por investidores que, em vez de simplesmente doar dinheiro, passam a ser sócios de startups que precisam de aporte para acelerar seu crescimento. 
O investimento coletivo vem como solução para startups em meio a um Brasil com juros altos e um mercado cheio de incertezas. Segundo levantamento da Distrito, o mês de maio de 2022 somou R＄ 1,4 bilhão e 40 rodadas de investimentos em startups — um número praticamente duas vezes menor daquele somado em maio de 2021, de R＄ 3,6 bilhões e 74 rodadas de aportes. Por isso, é cada vez mais comum empresas apostarem nesse modelo de funding. 
 
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entre 2016 e 2021, o número de plataformas de crowdfunding de investimento saltou de 4 para 56. No mesmo período, o montante captado saiu de R＄ 8,3 milhões para R＄ 188,2 milhões, expansão de 2.167%, enquanto o número de ofertas fechadas com sucesso passou de 24 para 114. 
 
Recentemente a CVM publicou a Resolução 88, que eleva de R＄ 10 milhões para R＄ 40 milhões o limite da receita bruta das sociedades empresariais de pequeno porte e até R＄ 80 milhões quando se trata de Grupo Econômico, e de R＄ 5 milhões para R＄ 15 milhões, o montante máximo de captação pelas empresas. Esse novo cenário faz com que o crowdfunding de investimento esteja disponível para mais de 80% das empresas nacionais e em mais de 20% do PIB brasileiro.
 
Geralmente, as rodadas de investimento coletivo acontecem por meio de uma plataforma que faz uma curadoria de ofertas e cria a conexão entre investidores e empresas, como é o caso da SMU Investimentos.   
Costuma ser um processo 100% online, rápido, sem taxas de administração para o investidor e sem uma série de burocracias. Além de não exigir um capital inicial muito alto — existem ofertas que o investimento mínimo é de R＄ 500, por exemplo.
 
“A SMU já captou aproximadamente R＄ 56 milhões para mais de 40 startups nos mais diversos segmentos de atuação. São empresas de impacto, que investem em novas tecnologias, em novos modelos de negócio e que têm um enorme potencial de crescimento. Por isso são uma ótima oportunidade de investimento para investidores que querem diversificar seu portfólio”, afirma Diego Perez, co-founder da SMU.
 
O investidor, por sua vez, passa a ter acesso a relatórios sobre o desempenho financeiro das empresas em que investiu, pode participar de certas reuniões e, em alguns casos, pode até ter voto nas tomadas de decisão do negócio. Sem contar o sentimento positivo por ter promovido impacto na sociedade e ajudado a gerar empregos.   


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