12/07/2022 às 00h12min - Atualizada em 12/07/2022 às 04h01min

Em primeiro dia do terceiro júri, testemunhas de defesa prestam depoimento no caso dos jovens que espancaram adolescente até a morte em Charqueadas

O primeiro dia do terceiro júri do Caso Ronei Júnior encerrou na noite desta segunda-feira (11) com a oitiva de testemunhas de defesa. O primeiro a depor foi

Rádio Pampa
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O primeiro dia do terceiro júri do Caso Ronei Júnior encerrou na noite desta segunda-feira (11) com a oitiva de testemunhas de defesa. O primeiro a depor foi Guilherme Brandão Guimarães, testemunha do réu Matheus Simão Alves. O julgamento será retomado nesta terça-feira (12), às 9h.

Guilherme afirmou que estava em frente ao supermercado e viu Matheus atravessando a rua saindo do clube com uma menina um pouco antes de encerrar a festa. Disse que conhecia Matheus da escola onde haviam estudado juntos.
“Estava na festa com um amigo meu, comemos lanche na saída e vi Matheus atravessando a rua com uma moça. Não vi ele na briga”, relatou.

A técnica de enfermagem Natali Gabrieli Ribeiro da Silva foi namorada do réu Cristian Silveira Sampaio na época dos fatos. Contou que foi numa festa de aniversário e só esteve na rua do clube Tiradentes quase no final da festa para buscar a irmã dela, a estudante Julia Natieli Ribeiro da Silva, que na época tinha um relacionamento afetivo com Matheus Simão Alves. Ambas depuseram na condição de informantes em razão dos relacionamentos com os réus.

Natali contou que encontrou Júlia e Matheus na rua do clube e logo chegou Cristian. Os casais ficaram separados, um em uma parada de ônibus e o outro do outro lado da rua em um banco. Ouviram barulhos de briga. Segundo Natali, ouviu Alisson (réu) passar após os primeiros barulhos. Já a irmã disse que Alisson passou antes dos barulhos por eles. Elas preferiram ir embora e chamaram um táxi. Não sabem para onde os dois foram.

“A gente viu um tumulto em frente ao clube e se afastou”, disse Júlia ao afirmar que ficou durante toda a noite com Matheus.

O último a depor foi Leonardo Rocha, ouvido na condição de informante na defesa do réu Matheus. “Vi uma aglomeração, era bastante gente. Quando acenderam as luzes eu saí. Fui junto com Guilherme (primeira testemunha a depor) saímos da festa juntos. Vi os dois casais Matheus com uma guria e do outro lado o Cristian e uma outra menina”, relatou.

Denúncia

Conforme a denúncia do Ministério Público, o pai da vítima, Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro (também vítima), deixou seu filho Ronei Jr. na noite de 31 de julho de 2015, às 22h, no Clube Tiradentes, em Charqueadas. O combinado era que iria buscá-lo às 5h. O jovem participava de uma festa, promovida para arrecadar fundos para a formatura no Ensino Médio da turma dele. Ronei Jr. era um dos organizadores do evento.

Os réus também estavam na festa. Conforme o Ministério Público, eles formavam o “bonde da aba reta”. Todos tinham à época do fato entre 18 e 21 anos.

Na volta para casa, Ronei Jr. pediu que o pai desse carona para um casal de amigos – Richard e Francielle. Na saída do clube, os réus começaram a perseguir o grupo, arremessando contra eles garrafas de vidro. Eles tentaram correr para o interior do carro, mas foram cercados pelos acusados, que desferiram chutes, socos (com soqueiras) e golpes de garrafas de vidros. O motivo da briga teria sido porque Richard era morador da cidade vizinha, São Jerônimo.

Ronei Jr. foi o último a conseguir entrar no veículo, cercado por outros jovens, que chutavam o automóvel e tentavam abrir as portas. O pai dele também foi atingido com garrafadas, socos e pontapés. Em um determinado momento, ele conseguiu se desvencilhar dos agressores, entrou no carro e saiu imediatamente do local.

No caminho, ao perceber as lesões que o filho e o casal haviam sofrido, Ronei pai deslocou-se para o Hospital de Charqueadas. Devido à gravidade, foi encaminhado para o Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre. No entanto, o adolescente já teria sido conduzido de ambulância para a capital sem vida. O principal golpe – que provocou traumatismo craniano e a consequente morte do adolescente – teria sido ocasionado por um soco desferido por um dos agressores que estava com uma garrafa.



Fonte: https://www.radiopampa.com.br/em-primeiro-dia-do-terceiro-juri-testemunhas-de-defesa-prestam-depoimento-no-caso-dos-jovens-que-espancaram-adolescente-ate-a-morte-em-charqueadas/
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