Em maio de 2022, o volume de vendas do comércio varejista gaúcho cresceu 3,1% frente a abril, na série com ajuste sazonal, registrando a quarta taxa positiva consecutiva, de acordo com a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), divulgada pelo IBGE nesta terça-feira (13). Com isso, o patamar do setor atingiu recorde na série histórica iniciada no ano 2000. A média móvel trimestral foi de 4,6%.
Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista avançou 4,0% frente a maio de 2021, oitava taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano chegou a 9,0% e o acumulado nos últimos 12 meses, a 5,4%.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas subiu 3,5%. A média móvel ficou em 2,1%. O acumulado no ano foi 3,9% e o acumulado em 12 meses, 2,6%.
Cinco das oito atividades do varejo tiveram alta frente a maio de 2021
Na comparação com maio de 2021, o comércio varejista mostrou predominância de taxas positivas, atingindo cinco das oito atividades: combustíveis e lubrificantes (16,6%); tecidos, vestuário e calçados (7,3%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,3%); hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,8%) e livros, jornais, revistas e papelaria (3,0%).
Completando as oito atividades do varejo, três tiveram queda: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-45,8%); móveis e eletrodomésticos (-10,5%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%).
No comércio varejista ampliado, veículos e motos, partes e peças registrou aumento de 0,2%, enquanto material de construção recuou 1,4% entre maio de 2021 e maio de 2022.
Combustíveis e lubrificantes apresentou aumento de 16,6% nas vendas frente a maio de 2021, décimo quinto mês consecutivo de alta. O resultado do setor em maio representou a maior contribuição para o total do comércio varejista gaúcho, com 2,6 pontos percentuais (p.p.) do total de 4,0%. No ano, até maio, o setor acumula 16,0% até maio, 0,2 p.p. acima do valor até abril (16,8%). No acumulado nos últimos 12 meses, passou de 10,5% até abril para 10,8% em maio.
O segmento de tecidos, vestuário e calçados teve alta de 7,3% nas vendas frente a maio de 2021, contra aumento de 24,3% em abril de 2022, frente a abril de 2021, e quarto resultado positivo consecutivo. O setor acumula alta de 21,8% até maio, resultado inferior ao de abril (29,4%), apontando redução de ritmo. A redução na intensidade de crescimento também ocorre no acumulado dos últimos 12 meses: 25,2% até abril para 19,0% até maio.
O grupamento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria teve crescimento de 6,3% nas vendas frente a maio de 2021, após dois meses no campo negativo. No ano, até maio, o setor acumula 5,9%, patamar similar ao acumulado até abril (5,8%). Nos últimos 12 meses, o acumulado até maio fechou em 9,7%, menor patamar para este indicador desde março de 2021 (8,1%).
A atividade de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou aumento de 3,8% nas vendas frente a maio de 2021, sexto resultado positivo consecutivo nessa comparação. Com isso, o setor registra a segunda maior contribuição do varejo em maio, contribuindo com 1,5 p.p. para o índice do mês. No acumulado no ano até maio, a atividade passa de 6,9% até abril para 6,3% até maio. Já o acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -1,3% até abril para -0,4% em maio, mostra redução na intensidade da perda.
O setor de livros, jornais, revistas e papelaria cresceu 3,0% frente a maio de 2021, resultado idêntico ao de abril de 2022, frente a abril de 2021. No acumulado no ano até maio, ao passar de 46,0% até abril para 37,3% no mês de referência, a atividade mostra redução de ritmo. No acumulado nos últimos 12 meses, o comportamento é o mesmo, passando de 26,9% em abril para 22,7% em maio.
A atividade de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação caiu 45,8% frente a maio de 2021, contra queda de 21,3% em abril de 2022, frente a abril de 2021. No ano, o setor acumula redução de 29,8% no volume de vendas, mostrando aumento na intensidade da perda em relação a abril (-23,5%). O acumulado nos últimos 12 meses mostra o mesmo movimento: recuou de -13,9% até abril para -19,5% em maio.
O grupo móveis e eletrodomésticos caiu 10,5% frente a maio de 2021, segunda queda consecutiva (-12,6% em abril de 2022, frente a abril de 2021). Adicionalmente, a atividade teve a maior influência negativa no indicador global, contribuindo com -1,1 p.p. No acumulado no ano, ao passar de -0,1% até abril para -2,6% no mês de referência, a atividade mostra intensificação de perda de ritmo. No acumulado nos últimos 12 meses, o resultado foi de -8,4% em maio, oitavo consecutivo registrando queda e menor valor desde outubro de 2016 (-9,8%).
O grupamento de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., apresentou variação de -0,1% frente a maio de 2021, primeiro resultado negativo para o indicador interanual após 13 meses de resultados positivos. No acumulado no ano até maio, ao passar de 26,9% até abril para 19,3% no mês de referência, a atividade mostra perda de ritmo. No acumulado nos últimos 12 meses, passa de 32,7% até abril para 25,9% até maio.
No varejo ampliado, a atividade de veículos, motocicletas, partes e peças apresentou alta de 1,4% nas vendas frente a maio de 2021, invertendo o sinal com relação ao indicador de abril (-12,0%). Em relação ao acumulado no ano até maio, ao passar de -7,6% até abril para -5,7% no mês de referência, a atividade mostra redução na intensidade da perda. O acumulado nos últimos 12 meses recuou de 0,6% até abril para -1,4% em maio.
O grupo material de construção apresentou queda de 13,5% nas vendas frente a maio de 2021, contra -19,9% em abril de 2022, frente a abril de 2021. No ano, o resultado é de -13,4% até maio, idêntico ao acumulado até abril. Em termos de resultado acumulado nos últimos 12 meses, passou de -7,1% até abril para -9,0% em maio.