O MP (Ministério Público) denunciou um jovem de 22 anos que tentou assassinar três pessoas da mesma família após estuprar avó e neta em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O caso ocorreu no dia 3 de abril, no bairro Parque Índio Jari.
A denúncia foi apresentada à Justiça na terça-feira (19). O criminoso está preso na Penitenciária Estadual de Canoas. Conforme a promotora de Justiça Bárbara Pinto e Silva, o acusado chegou à casa das vítimas por volta das 6h com uma arma de fogo, rendeu a avó, de 62 anos, e a estuprou. O neto dela, de 21 anos, que estava dormindo, aproximou-se do bandido durante o estupro e também foi rendido. Avó e neto foram amarrados, amordaçados e presos no banheiro.
Em seguida, o criminoso foi até o quarto da neta, de 16 anos, e também a estuprou. Por fim, amarrou, amordaçou e prendeu a adolescente no banheiro junto com o irmão e a avó, ateou fogo na casa e fugiu. A avó conseguiu se desvencilhar, desamarrou os netos, e os três fugiram antes que o fogo atingisse o cômodo.
A promotora denunciou o indivíduo por dois estupros e três tentativas de homicídio triplamente qualificado (com emprego de fogo, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade de outro crime).
Para Bárbara, o crime de homicídio somente não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do agente, pois a avó conseguiu se libertar e desamarrar os netos a tempo.
“Além disso, a tentativa de assassinato foi praticada com emprego de fogo, pois o denunciado ateou fogo no domicílio com a intenção de matar as vítimas. Foi perpetrado mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pois o denunciado, previamente preparado, invadiu o domicílio, onde as três se encontravam dormindo de forma pacífica, sendo surpreendidas pelo indiciado, que as manteve amarradas e presas no banheiro em ação posterior aos crimes de estupro, ateando fogo no imóvel e fugindo do local, deixando-as para morrerem carbonizadas, dificultando suas chances de fuga. Por fim, esse crime foi cometido para assegurar a impunidade de outros, pois o denunciado havia estuprado duas das vítimas momentos antes”, explicou a promotora.